As oportunidades de investimento na América Latina desenvolveram-se rapidamente nos últimos anos, com as oportunidades de financiamento privado no sector da energia sustentável a tornarem-se uma prioridade nos próximos anos. Esta oportunidade foi destacada no Relatório sobre o Investimento Mundial de 2023, publicado pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (CNUCED).
Análise do investimento direto estrangeiro
– O fluxo de investimento direto estrangeiro (IDE) na América Latina e nas Caraíbas aumentou 51% em 2022, representando um total de 208 mil milhões de dólares americanos, em grande parte devido à existência de uma maior procura de produtos de base e minerais chamados “críticos” (lítio, níquel, cobalto, grafite, manganês, entre outros). – No México, o segundo maior destinatário de IDE na América Latina, apenas atrás do Brasil, o IDE aumentou 12% em 2022, representando 35 mil milhões de dólares, com novos investimentos em instrumentos de capital e lucros reinvestidos.
Pico da atividade de fusões e aquisições transfronteiriças
– O valor líquido das fusões e aquisições (F&A) transfronteiriças no México aumentou para 8,2 mil milhões de dólares (no ano de 2021 representava menos de mil milhões). – Nos últimos cinco anos, registou-se um aumento devido a acordos comerciais entre países como a Asociación Latinoamericana de Integración (ALADI, de que o México é membro) e o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). – A atividade de fusões e aquisições transfronteiriças aumentou 80% (15 mil milhões de dólares). O sector da indústria transformadora registou o maior aumento das vendas líquidas, em especial nos sectores da alimentação, bebidas e tabaco, produtos químicos, papel e produtos de papel.
Tendências de investimento na América Latina
Os indicadores são interessantes se tivermos em conta que, no mesmo ano de 2022, o IDE registou um decréscimo mundial de 12% (1,3 biliões de dólares), gerado principalmente por tensões geopolíticas (guerra na Ucrânia) que tiveram um impacto no sector financeiro, o que gerou um menor volume de IDE nos países desenvolvidos (o volume de negociações caiu 25%, enquanto o volume de fusões e aquisições a nível mundial diminuiu 9%).
Verifica-se uma tendência de aumento do IDE nos países em desenvolvimento, incluindo os países da América Latina onde ainda existe um défice de investimento anual relativo à sua atividade para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados com as energias renováveis, conforme acordado no Acordo de Paris de 2015 do qual o México é parte (acordo para reduzir o aquecimento global), revelando o Relatório Mundial de Investimento de 2023 que o investimento internacional em energias renováveis quase triplicou desde 2015, sendo três os países mais beneficiados em 2022: Brasil, Chile e México, atraíram três quartos de todos os projetos de energias renováveis anunciados na região da América Latina em 2022.
Oportunidade de investimento em energias renováveis
Este relatório revela ainda que nos países em desenvolvimento não existe investimento interno direto e significativo em energias renováveis, o que significa que estes países recorrem ao exterior para procurar financiamento para até três quartos do custo dos projectos neste tipo de energia.
O relatório salienta que os países em desenvolvimento necessitam de investimentos anuais em energias renováveis em montantes próximos de 1,7 biliões de dólares para atingir as metas dos ODS, embora em 2022 os IDE tenham sido reportados por apenas 544 mil milhões de dólares, pelo que a CNUCED faz um apelo urgente para apoiar os países em desenvolvimento, para que possam atrair significativamente mais investimento direto estrangeiro para a sua transição para as energias renováveis.
Objectivos de Desenvolvimento Sustentável 2030
Espera-se que nos próximos anos haja um aumento do financiamento nos países em desenvolvimento para investir na transição para as energias renováveis e assim atingir as metas dos ODS para 2030, onde, por exemplo, os Bancos terão de transformar os seus modelos de negócio e abordagem de risco para aproveitar os seus fundos para atrair um maior volume de financiamento privado para a transição nos países em desenvolvimento.
Na Kreston BSG compreendemos o impacto que estas tendências terão sobre os nossos clientes no sector da energia verde que será afetado pelos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030.
Tatiana Andrade, Diretora da Kreston KBW Brasil, é uma profissional experiente com conhecimentos em inglês avançado, contabilidade, gestão tributária e consultoria. Com uma sólida formação em auditoria, destaca-se na liderança de equipas, apoiada por um MBA em desenvolvimento humano para gestores. O compromisso de Tatiana com a excelência garante a prestação de serviços de alto nível no complexo cenário financeiro.
Investir no Brasil: Superando as expectativas dos analistas
Março 13, 2024
Sector:ESG
Tatiana Andrade, sócia da Kreston KBW Auditores, partilha que o investimento no Brasil irá assistir a um crescimento económico, impulsionado pela reforma do mercado e pelo ESG, atraindo o otimismo das empresas internacionais e locais.
Perspectivas de crescimento económico do Brasil
A atividade económica do Brasil registou uma expansão de 2,45% em 2023, ultrapassando as previsões iniciais de que o crescimento seria ténue face às elevadas taxas de juro. No início do ano passado, os economistas privados estimavam que a economia cresceria menos de 1%, enquanto as previsões actuais apontam para uma expansão de 2,9%, de acordo com um inquérito semanal realizado pelo Banco Central do Brasil.
Oportunidades de investimento no Brasil
Isto faz do Brasil a economia mais bem sucedida da América Latina. Com o novo governo a centrar-se na reforma fiscal e do mercado e a colocar uma forte ênfase na ESG, as empresas locais estão a prever um ano de grande expansão, à medida que os clientes internacionais se deslocam para as suas costas.
“Particularmente no segundo semestre de 2023 e nos dois primeiros meses de 2024, assistimos a um aumento significativo da procura por parte de empresas estrangeiras que pretendem tipo de assistência para se estabelecerem ou aumentarem o seu volume de negócios no Brasil”, disse Tatiana Andrade, Sócia da Kreston KBW Auditores. “Isto revela um excelente cenário a médio e longo prazo. A título de exemplo, a procura de novos clientes internacionais no nosso escritório aumentou cerca de 40% em relação ao ano anterior. O aumento do volume de negócios foi de cerca de 1,5 mil milhões de euros em relação ao mesmo período do ano anterior, um aumento significativo para a nossa área internacional”.
Dentro da Kreston KBW Auditores, Andrade notou que a O sector dos serviços é o que mais procura competências em consultoria, nomeadamente em tecnologia e marketing digital.
Complexidades da reforma fiscal brasileira
O sistema fiscal brasileiro há muito que é complicado e frustrante e, embora tenha sido prometida uma reforma, esta ainda está longe de ser concretizada. Em 2023, o Congresso brasileiro aprovou uma importante reforma fiscal que estava a ser votada há vários anos. No entanto, a proposta aprovada demorará cerca de 10 anos a ser totalmente aplicada e divide a opinião dos peritos fiscais quanto ao grau de benefício que trará para as empresas.
Andrade acredita que a reforma, quando vier, não trará grandes simplificações e que o aumento da carga tributária passará dos atuais 20% para cerca de 28%. Mas isso é uma boa notícia para o escritório local.
“Temos recebido muitos pedidos de informação, de clientes nacionais e sobretudo internacionais, que estão muito ansiosos por ver o impacto que isto terá nas suas operações”, disse Andrade.
O mercado internacional é um mercado importante para a Kreston KBW Auditores, pois é onde ela pode agregar mais valor. Os clientes internacionais contam com uma assistência completa, desde a abertura da empresa e a estratégia de localização geográfica, até à assistência no planeamento fiscal. Os sócios fundadores têm uma vasta experiência no mercado nacional e internacional e todos vieram de multinacionais de auditoria, incluindo as Big Four.
Serviços de consultoria e orientação ESG
Com um novo governo de esquerda no poder que está interessado em trabalhar com investidores, um ambiente de negócios em amadurecimento e um impulso agressivo para a transparência corporativa para ajudar nos relatórios ESG, Andrade espera que 2024 seja um ano de sucesso.
“A nossa estratégia é crescer 20% em relação às receitas”, afirmou. “Temos vindo a reforçar a nossa equipa com algumas contratações importantes em 2023 e agora estamos a sentir os efeitos destas novas contratações. Um momento interessante para o nosso escritório é o aumento da procura de ESG, o nosso parceiro na área da sustentabilidade vai ter um grande desafio pela frente. Acreditamos que a área de ESG terá um crescimento de mais de 100% em relação aos anos anteriores.”
O ESG é um fator importante para as empresas brasileiras, que procuram a transparência empresarial. Isto significa que competências como a auditoria se tornarão ainda mais importantes, uma vez que os auditores serão fundamentais para garantir a qualidade da informação ESG das empresas auditadas aos investidores, partes interessadas e reguladores.
“No Brasil, as empresas listadas na bolsa de valores devem divulgar em suas demonstrações financeiras os efeitos do ESG em suas operações”, disse Andrade. “Embora não seja obrigatório para todas as empresas brasileiras, muitos fundos só investem naquelas que têm uma política ESG bem definida, por isso as empresas, mesmo que não sejam obrigadas, têm-nos procurado para ajudar a implementar o ESG no Brasil.”
Investimento em tecnologia e I&D
A tecnologia tem tido um enorme impacto na forma como as empresas de contabilidade fazem negócios e o escritório brasileiro agora reserva uma parte da receita para acompanhar os novos desenvolvimentos.
“Um mínimo de 3% da receita deve ser destinado ao investimento em tecnologia e P&D”, disse Andrade. “Em anos anteriores, ultrapassámos a marca dos 5% das nossas receitas, mas penso que isso teve um resultado direto no nosso crescimento anual, que ultrapassa sempre os dois dígitos.”
À medida que o Brasil floresce sob um novo governo, não há razão para que os novos operadores no mercado não possam aproveitar esta onda de otimismo.
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Notícias
ESG no Brasil: Desafios do mercado de carbono aos preços de transferência
Sector:ESG
As discussões sobre estratégias ESG têm se tornado cada vez mais comuns em escala global, com a ESG no Brasil desenvolvendo ativamente suas próprias iniciativas. Uma ação complexa e estratégica que está a alterar a dinâmica da economia global, a cultura da governação ambiental, social e empresarial traz consigo uma miríade de questões que merecem uma análise cuidadosa.
Legislação ESG no Brasil
No plano legislativo, a Câmara dos Deputados do Brasil aprovou o PL 2148/15, que propõe a regulamentação do mercado de carbono no país e a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que estabelece limites de emissão e cria um mercado para a venda de créditos. Por enquanto, estamos à espera que a proposta seja analisada e aprovada pelo Senado.
Além de estabelecer regulamentações inéditas no Brasil, iniciativas como essa influenciam significativamente o ambiente de negócios nacional, não apenas no que diz respeito a aspectos domésticos.
Relatórios ESG no Brasil
Neste cenário, há otimismo para o Brasil e para a América Latina. De acordo com informações do Relatório de Investimento Mundial 2023 da CNUCED– United Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento – os investimentos directos estrangeiros na América Latina e nas Caraíbas aumentaram 51%, atingindo 208 mil milhões de dólares em 2022. No Brasil, o aumento foi de 70% (86 mil milhões de dólares).
De acordo com o relatório, os investimentos internacionais em sectores e actividades dos ODS – que se relacionam com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU – também aumentaram em 2022, resultando no crescimento de projectos em infra-estruturas, energia, água, saneamento, sistemas agrícolas, saúde e educação.
A estrutura do mercado de compensação de carbono
Em primeiro lugar, o PL nº 2.148/2015 estabelece um limite para as emissões de gases de efeito estufa no âmbito corporativo. Assim, propõe que as empresas que ultrapassam os níveis de poluição devem compensar as suas emissões através da compra de créditos, enquanto as que não atingem os limites de emissão recebem quotas que podem ser transaccionadas no mercado.
O objetivo é criar incentivos de forma a reduzir as emissões e, consequentemente, os impactos climáticos causados pelas empresas.
Numa segunda fase, entra em ação o mercado regulamentado de créditos de compensação e de geração de créditos com base no nível de emissões de gases com efeito de estufa, ligado ao SBCE. A proposta sugere um sistema em que podem ser transaccionadas quotas de emissão brasileiras (CBE) e certificados de redução ou remoção de emissões verificadas (CRVE).
Em relação à regulamentação, estudos já indicam que ela pode trazer mudanças econômicas positivas: segundo pesquisa do Banco BV, o mercado de carbono regulamentado poderia gerar R$ 48 bilhões anuais para o país.
Desafios
Além de incentivar novas práticas nas operações empresariais, a implantação de um mercado orientado por uma visão ESG traz à tona debates e iniciativas também no aspeto tributário das organizações. Nos últimos anos, tem-se discutido a adoção de impostos sobre o carbono no Brasil e suas potenciais conseqüências em termos de aspectos econômicos, financeiros e sociais.
No entanto, um aspeto que nem sempre é recordado e que coloca desafios específicos é o dos preços de transferência no contexto dos mercados globalizados ou mesmo na transferência de bens e serviços entre empresas do mesmo grupo mas com sede em países diferentes.
Além da exigência de que o preço arbitrado esteja em conformidade com a regulamentação da RFB no caso das empresas brasileiras – respondendo aos pilares da governança corporativa e tributária -, a nova adoção de indicadores ESG influencia a dinâmica macroeconômica entre os próprios países/multinacionais.
Por conseguinte, os aspectos problemáticos relacionados com os preços de transferência numa perspetiva ESG abrangem tudo, desde os custos da cadeia de valor até uma análise mais pormenorizada dos riscos de uma empresa e dos seus activos de transferência relativos a práticas sustentáveis de um ponto de vista organizacional.
Investimentos sustentáveis
Por último, no Brasil, o sector dos investimentos é um dos motores das práticas ESG no mercado. Estudos recentes indicam, por exemplo, que os investidores no Brasil também baseiam as suas decisões nas informações ESG divulgadas pelas empresas.
Assim, prestar atenção aos novos paradigmas económicos que caminham para a sustentabilidade tornou-se imperativo para as empresas, não apenas em termos de retórica, mas sobretudo para se manterem atractivas e competitivas em mercados onde a sustentabilidade já não é um objetivo distante.
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Notícias
Ganesh Ramaswamy
Sócio da Kreston Rangamani and Associates LLP, Diretor Regional do Grupo Fiscal Global, Ásia-Pacífico
Ganesh tem uma vasta experiência de mais de 30 anos na prestação de serviços fiscais especializados, em especial a grandes grupos privados, com especial destaque para os sectores imobiliário, retalhista, da saúde e da hotelaria. Tem apoiado várias entidades com aconselhamento especializado sobre estruturas e reestruturações eficazes em termos fiscais, transacções transfronteiriças devido a investimentos na Índia, fusões, aquisições e alienações. Ganesh também trabalhou com as partes interessadas em todas as empresas para fornecer soluções como a devida diligência fiscal, a consolidação fiscal e a reestruturação de grandes empresas familiares no Médio Oriente, na Ásia e em Singapura.
A norma de biodiversidade do GRI é actualizada
Março 11, 2024
Sector:ESG
A Global Reporting Initiative (GRI) publicou uma atualização da norma sobre biodiversidade que ajudará as empresas a fornecer informações e análises sobre os impactos da biodiversidade.
Visão geral da atualização da norma de biodiversidade da GRI
A norma GRI 101 – “Biodiversidade 2024” foi actualizada para ajudar as empresas de todo o mundo a divulgarem os seus impactes significativos na biodiversidade, decorrentes das suas operações comerciais e da gestão da cadeia de abastecimento.
A GRI concordou em apoiar a utilização da norma acima referida nos próximos dois anos, prevendo-se que as empresas a sigam obrigatoriamente a partir de 2026. Esta norma revista baseia-se em desenvolvimentos globais importantes no domínio da biodiversidade, como o Quadro Global para a Biodiversidade da CQNUAC de Kunming Montreal, a Rede de Metas Baseadas na Ciência (SBTN) e o Grupo de Trabalho sobre Divulgações Financeiras Relacionadas com a Natureza.
Principais características e requisitos do GRI 101
A norma GRI actualizada estabelece novas regras para a elaboração de relatórios através da transparência dos impactos sobre a biodiversidade. A norma sugere a elaboração de relatórios específicos por local, tanto no âmbito das operações das organizações como das funções da sua cadeia de abastecimento. O objetivo é permitir que as partes interessadas avaliem corretamente o impacto da organização na biodiversidade.
Em pormenor, a norma de biodiversidade centra-se na consecução dos seguintes objectivos
Abranger as áreas em que os impactos significativos sobre a biodiversidade são mal comunicados, especialmente na gestão da cadeia de abastecimento.
Relatórios específicos sobre os impactos, incluindo todos os locais onde os impactos são sentidos, com informações pormenorizadas sobre o local e o sítio onde o impacto foi sentido.
Normas de divulgação sobre a perda de biodiversidade que abrangem os domínios da má utilização dos solos, das alterações climáticas, da poluição e da sobre-exploração.
Comunicar os impactos na sociedade, incluindo os impactos nas comunidades e nas populações indígenas.
Responsabilidades das empresas no combate à perda de biodiversidade
A Plataforma Intergovernamental de Política Científica sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistémicos publicou um relatório de avaliação que alerta para o facto de 50% da economia mundial estar ameaçada devido à perda de biodiversidade. A atualização do GRI sobre as normas de biodiversidade surgiu neste contexto.
As empresas precisam de tomar medidas imediatas para inverter a perda de biodiversidade, devolver à natureza a sua glória, respeitar os direitos, papéis e contributos para sustentar a biodiversidade ao longo da cadeia de abastecimento. Quando estas acções das empresas forem validadas e comunicadas sob a forma de um relatório elaborado pela GRI, todas as partes interessadas no sistema acabarão definitivamente por beneficiar desta transparência.
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Notícias
Atualização ESG nos Estados Unidos
Fevereiro 6, 2024
Sector:ESG
Os especialistas do nosso comité ESG avaliam o desenvolvimento do ESG na América do Norte, examinando os efeitos da nova legislação e a forma como esta está a mudar a atividade empresarial na região durante os primeiros meses de 2024.
Regra proposta pela SEC – O reforço e a normalização da divulgação de informações relacionadas com o clima para os investidores
Em março de 2022, a SEC propôs regras para melhorar e normalizar as divulgações relacionadas com o clima para os investidores, que se aplicariam a todas as entidades registadas na SEC. A emissão da regra final foi adiada várias vezes devido à grande quantidade de comentários críticos recebidos durante o período de comentários, estando agora prevista para abril de 2024.
Divulgação de informações relacionadas com o clima
As informações incluídas nesta nova secção do Formulário 10-K devem abordar
Emissões de gases com efeito de estufa (GEE) de Âmbito 1, Âmbito 2 e Âmbito 3 (com base no Protocolo de Gases com Efeito de Estufa).
Riscos e oportunidades relacionados com o clima.
Processos de gestão dos riscos climáticos.
Metas e objectivos climáticos.
Governação e supervisão dos riscos relacionados com o clima.
Notas de rodapé das demonstrações financeiras auditadas
As divulgações numa nota de rodapé da demonstração financeira forneceriam métricas de demonstração financeira para eventos relacionados com o clima (por exemplo, clima severo) e actividades de transição (por exemplo, esforços para reduzir as emissões de GEE). Essas divulgações também estariam sujeitas ao controlo interno do registante sobre a informação financeira (ICFR) e à auditoria externa.
Regraproposta pela SEC-Divulgação de informações sobre a gestão do capital humano
Incluída na Agenda de Regras da SEC para outubro de 2023 está uma proposta de regra para melhorar a divulgação dos registantes relativamente à gestão do capital humano e espera-se que explique quais as informações que as empresas precisam de incluir no Formulário-10K quando discutem tópicos como a segurança e a diversidade.
Proposta de regra SEC – Diversidade nos conselhos de administração das empresas
Incluída na agenda de regras da SEC para abril de 2024, está uma proposta de regra para melhorar a divulgação de informação sobre a diversidade dos membros e nomeados para os conselhos de administração.
Proposta de regra de divulgação do clima para os contratantes federais
De acordo com a regra proposta pelo Regulamento de Aquisição Federal, os contratantes federais seriam obrigados a divulgar os seus níveis de emissão de gases com efeito de estufa (“GEE”) e a estabelecer objectivos de redução com base científica. Não existe uma data definida para a regra final; poderá ser no final de 2023 ou no início de 2024.
Os empreiteiros que recebem entre $7,5MM e $50MM em contratos federais (empreiteiros significativos) serão obrigados a divulgar as suas emissões de GEE de âmbito 1 e 2. O prazo de cumprimento para a apresentação de relatórios é de um ano a partir da data de entrada em vigor da regra final.
Os empreiteiros que recebem mais de 50 milhões de dólares em contratos federais (grandes empreiteiros) serão obrigados a divulgar as suas emissões de âmbito 1 e 2 e as emissões “relevantes” de âmbito 3. O prazo de cumprimento para comunicar as emissões de âmbito 1 e 2 é de um ano a partir da data de entrada em vigor da regra final e para as emissões de âmbito 3 é de dois anos a partir da data de entrada em vigor da regra final. Além disso, os principais contratantes serão obrigados a divulgar os seus factores de risco financeiro relacionados com o clima e a desenvolver objectivos de emissões com base científica. O prazo de cumprimento é de dois anos a partir da data de entrada em vigor da regra final.
Projectos de lei da Califórnia sobre a divulgação do clima
A Califórnia promulgou três actos legislativos em outubro de 2023 que impõem obrigações de divulgação relacionadas com o clima às empresas com determinadas ligações à Califórnia.
Lei relativa à divulgação voluntária de informações sobre o mercado do carbono (AB 1305)
A AB 1305 incide sobre as compensações voluntárias de carbono (“VCO”) e as reivindicações net zero com elas relacionadas. A AB 1305 aplica-se a entidades que operam e fazem declarações de emissões na Califórnia ou compram/vendem VCOs na Califórnia, independentemente da dimensão ou das receitas.
As empresas que façam alegações relativas a emissões líquidas nulas ou ao estatuto de neutralidade carbónica serão obrigadas a divulgar a forma como determinaram a exatidão dessas alegações.
As empresas que fazem declarações de emissões e compram ou utilizam VCOs serão obrigadas a divulgar informações pormenorizadas sobre os VCOs.
As empresas que comercializam ou vendem VCOs serão obrigadas a divulgar informações pormenorizadas sobre o projeto de compensação de carbono.
A data efectiva do AB 1305 é 1 de janeiro de 2024, sendo as informações actualizadas pelo menos anualmente.
Lei sobre a responsabilização dos dados das empresas em matéria de clima (SB 253)
O SB 253 centra-se na comunicação das emissões de gases com efeito de estufa (“GHG”) em conformidade com o Protocolo sobre Gases com Efeito de Estufa (“Protocolo GHG”). O SB 253 aplica-se a empresas públicas e privadas dos EUA com receitas anuais totais, independentemente do local onde foram geradas (incluindo as receitas geradas fora dos Estados Unidos), superiores a mil milhões de dólares que “fazem negócios na Califórnia”.
Emissões do âmbito 1 e do âmbito 2
As empresas serão obrigadas a divulgar publicamente as suas emissões anuais de GEE de âmbito 1 e âmbito 2 em 2026 (com base em informações do ano fiscal anterior, ou seja, 2025). Inicialmente, é necessária uma garantia limitada e, para as informações de 2029 (apresentadas em 2030), é necessária uma garantia razoável.
Emissões do âmbito 3
As empresas serão obrigadas a divulgar publicamente os seus GEE anuais de âmbito 3 em 2027 (com base em informações do ano fiscal anterior, ou seja, 2026).
A comunicação das emissões do âmbito 3 não será exigida antes de 180 dias após a divulgação pública das informações do âmbito 1 e do âmbito 2. A garantia limitada sobre as emissões do âmbito 3 será exigida a partir de 2030 (com base nas informações de 2029), mas está sujeita a alterações enquanto se aguardam novas orientações.
Gases com efeito de estufa: Risco financeiro relacionado com o clima (SB 261)
O SB 261 centra-se na divulgação de informações sobre os riscos financeiros relacionados com o clima, em conformidade com as recomendações da Task Force on Climate-Related Financial Disclosures. O SB 261 aplica-se a empresas públicas e privadas dos EUA com receitas anuais totais, independentemente do local onde foram geradas (incluindo as receitas geradas fora dos Estados Unidos), superiores a 500 milhões de dólares que “desenvolvem actividades na Califórnia”.
As empresas que cumprem os requisitos de informação do SB 261 são obrigadas a preparar e divulgar publicamente, de dois em dois anos, um relatório que descreva em pormenor os riscos financeiros relacionados com o clima e as medidas adoptadas para mitigar os riscos financeiros relacionados com o clima.
Não existem requisitos de garantia para o SB 261. A empresa deve disponibilizar publicamente o seu relatório no seu sítio Web até 1 de janeiro de 2026 e, posteriormente, de dois em dois anos.
Julius Cincala é sócio da Kreston Slovakia, liderando as práticas de consultoria de risco e de gestão.
Zuzana Siderova
Gestor fiscal, consultor fiscal e especialista em preços de transferência, Kreston Eslováquia
Zuzana, especialista em contabilidade eslovaca, gere projectos de consultoria e conformidade fiscal, tem experiência em auditorias financeiras, tributação de empresas e pessoas singulares, tributação internacional, tributação do valor acrescentado e preços de transferência em diversos domínios de atividade.
Regulamentos da UE em matéria de sustentabilidade
Janeiro 12, 2024
Sector:Energia, ESG, Finanças
O sector da indústria transformadora da Europa Central está a ser remodelado pelos regulamentos de sustentabilidade da UE, com impacto em países como a Eslováquia, a Roménia e a Hungria. O rescaldo da guerra na Ucrânia e a reavaliação da dependência da Alemanha em relação à China perturbaram as cadeias de abastecimento, aumentando os custos da eletricidade e provocando uma mudança para fontes de energia mais limpas.
Impacto dos regulamentos de sustentabilidade da UE na indústria transformadora da Europa Central
Tradicionalmente, a Europa Central tem desempenhado um papel menos importante nos números globais da indústria transformadora do que outros vizinhos europeus. No entanto, desde a eclosão da guerra na Ucrânia e a dependência da Alemanha em relação à China antes da Covid, as cadeias de abastecimento quebradas fizeram aumentar os custos da eletricidade.
Os preços mais elevados e a nova regulamentação em matéria de redução das emissões de carbono favorecem o reposicionamento de países como a Eslováquia, a Roménia e a Hungria, que têm algumas das mais elevadas percentagens de eletricidade produzida a partir de fontes limpas, muito acima da média da Europa Ocidental.
À medida que a União Europeia se debate com o equilíbrio entre as novas normas ambientais e a manutenção da sua vantagem competitiva no mercado global, países ambiciosos como a Eslováquia estão a tornar-se bancos de ensaio para a nova paisagem centrada na sustentabilidade. Com o advento da comunicação das emissões de carbono na UE, será que as empresas cotadas em bolsa e as grandes empresas vão deslocalizar-se em massa para poupar dinheiro e carbono?
Reduzir as emissões de carbono e aumentar os custos
O empenhamento da UE na sustentabilidade ambiental não está isento de desafios. Činčala acredita que será mais fácil deslocalizar a produção para fora da Europa, em vez de lidar com a complexidade da comunicação das emissões de carbono, enquanto o processo está a ser estabelecido,
“A Eslováquia sempre foi um país industrial. No entanto, os custos mais elevados da eletricidade levaram a que as empresas procurassem deslocalizar as suas operações de produção para a China. É o que vemos atualmente nos nossos clientes. Estão a congelar as operações, uma vez que a transformação da sua atividade para satisfazer as emissões de carbono ultrapassa de longe qualquer poupança de custos ou de carbono que obtenham por estarem na Eslováquia.
Imposto sobre as importações
Embora alarmante, Činčala tem aconselhado o governo eslovaco a lidar com estes desafios há mais de 25 anos, pelo que tem uma visão clara das opções disponíveis para a UE.
“Se queremos maiores investimentos em energia verde e na transformação das empresas, temos de investir mais na educação, nas pessoas e nos modelos de transformação. Atualmente, os produtos fabricados fora da União Europeia são mais baratos porque não estão sujeitos ao mesmo nível de regulamentação e custos de transformação que enfrentamos na UE. É por isso que temos de encontrar uma forma de nos fortalecermos a nós próprios e ao nosso mercado. Por exemplo, através da introdução de novos regulamentos fiscais sobre produtos fabricados em países terceiros e importados para a UE”.
Conformidade dos preços de transferência
Com alguma agitação na região, a colega de Činčala, a especialista em fiscalidade Zuzana Sidorová, tem conselhos para todas as empresas que estejam a deslocar as suas operações pela Europa, especificamente para a Eslováquia,
“Nos últimos meses, várias empresas contactaram-nos para transferir as suas actividades do território da Ucrânia para a Eslováquia ou para outro país europeu.”
Na Eslováquia, qualquer empresa que efectue transacções dentro do seu grupo, quer a nível local quer transfronteiriço, deve seguir as regras relativas aos preços de transferência, em conformidade com as orientações da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico).
Desafios comuns em matéria de preços de transferência na Eslováquia
Na Eslováquia, muitas empresas internacionais são consideradas de “risco limitado”, como fabricantes, distribuidores ou prestadores de serviços. Estas empresas registam frequentemente perdas, apesar de terem pouco poder de decisão. Sidorová dá conselhos claros às empresas com actividades de risco limitado nos países da Europa satélite;
“Do ponto de vista dos preços de transferência, não deveriam estar a declarar perdas. As autoridades fiscais investigam frequentemente estas empresas internacionais que declaram perdas, o que leva a auditorias fiscais longas e difíceis. Estas auditorias podem resultar em impostos adicionais sobre as empresas e podem ser alargadas para abranger vários períodos fiscais.”
Referências de preços de transferência
Sidorová aconselha os seus clientes que efectuam transacções transfronteiriças ou locais (eslovacas) intragrupo a reverem e actualizarem anualmente o seu dossier de preços de transferência. A análise comparativa deve ser preparada de três em três anos, com actualizações financeiras anuais dos elementos de comparação (em conformidade com as orientações da OCDE em matéria de preços de transferência).
Manter-se competitivo
À medida que a UE intensifica a sua atenção à sustentabilidade, as empresas na Eslováquia têm de se adaptar rapidamente. O sucesso depende da adoção de tecnologias ecológicas e da compreensão das regras fiscais e de preços de transferência locais. É essencial que as empresas alinhem as suas operações com os objectivos ambientais da UE, não só para cumprirem os regulamentos, mas também para se manterem competitivas e sustentáveis a longo prazo. Manter-se a par de quaisquer actualizações fiscais rápidas em resposta a mercados competitivos é vital para manter a viabilidade das empresas sediadas na Eslováquia. Este alinhamento estratégico por parte das empresas eslovacas não só é crucial para a sua própria sustentabilidade, como também serve de modelo para a União Europeia em geral, demonstrando como a resiliência económica e a responsabilidade ambiental podem coexistir e impulsionar o progresso em todo o continente.
O investimento na Roménia está a atrair empresas orientadas para o orçamento que pretendem expandir-se na Europa Oriental. Eduard Pavel, da Kreston Romania, lança luz sobre as actuais tendências económicas, o clima de investimento e as oportunidades que a Roménia apresenta à comunidade empresarial global.
2022 Aumento do IDE
Em 2022, a Roménia assistiu a um aumento do investimento direto estrangeiro (IDE), marcando uma fase de crescimento económico constante. Apesar destes progressos, Pavel assinala uma diferença significativa em relação aos fluxos de IDE da Alemanha. Segundo ele, “a Roménia registou um crescimento em 2022, mas o montante continua a ser significativamente inferior ao da Alemanha”. Esta observação realça a posição crescente, embora comparativamente modesta, da Roménia no panorama do investimento europeu.
Uma perspetiva cautelosa sobre as tendências de investimento
Após uma mudança nos padrões de investimento, Pavel faz uma avaliação cautelosa da tendência geral para a diversificação das cadeias de abastecimento, não estando ainda definitivamente estabelecido um pivot direto da China para a Europa, especificamente para a Roménia.
“Não podemos confirmar que [clients] se tenha afastado da China em direção a fornecedores europeus”.
O papel da energia verde
As iniciativas da Roménia no domínio da energia verde, embora não sejam o principal fator de atração, estão a influenciar as decisões das empresas. De acordo com Pavel, estas iniciativas são um fator que contribui, embora não seja a razão principal, para o interesse das empresas multinacionais na Roménia. “As iniciativas ecológicas do país desempenham um papel importante na atração de empresas”, observa, indicando que os compromissos ambientais da Roménia estão a ter repercussões na ética empresarial mundial. “Apesar da ênfase na energia verde, não se verificou um aumento significativo de pedidos de informação por parte de multinacionais que pretendem deslocalizar-se ou criar empresas na Roménia devido a estas iniciativas.”
Digitalização e automatização
Uma das tendências mais acentuadas observadas no ano passado é a mudança para a automatização e a digitalização. Pavel atribui esta mudança à pandemia, que alterou as práticas comerciais a nível mundial. “Os clientes estão a prestar mais atenção à automatização e à digitalização”, observa, destacando uma tendência mais ampla que está a influenciar as estratégias empresariais na Roménia e não só.
Perspectivas para 2024
Com os olhos postos em 2024, Eduard Pavel dá conselhos práticos às empresas internacionais que pretendam expandir-se para a Roménia. Salienta a importância de compreender a dinâmica do mercado local e o ambiente regulamentar. “Certifique-se de que pesquisa o mercado, compreende a legislação e presta atenção até às nuances”, aconselha Eduard, sublinhando a necessidade de uma abordagem bem informada. Salienta também a importância de construir relações a longo prazo na cultura empresarial romena, que é orientada para as relações.
Christina é uma consultora experiente, especializada em ESG, sustentabilidade e alterações climáticas. Tem mais de 13 anos de experiência e trabalhou com várias organizações, incluindo municípios locais, agências governamentais nacionais, as Direcções-Gerais da Comissão Europeia e o sector privado em diferentes indústrias.
Laurent Le Pajolec
Membro do Conselho de Administração EXCO A2A Polska, membro do Comité ESG Global da Kreston
Diretor-geral e acionista de empresas de consultoria com formação em Marketing/Desenvolvimento de Negócios e Finanças com experiência direta em vários sectores (Imobiliário, Transportes, Fintech, Legaltech, M&A, Importação-Exportação, RH, Reestruturação). Membro do Conselho de Administração da Exco Polska.
Nova norma internacional sobre garantia de sustentabilidade (ISSA) 5000 proposta pelo IAASB
Introdução da norma ISSA 5000: O IAASB propôs a norma ISSA 5000 como resposta ao pedido crescente de relatórios de sustentabilidade transparentes e verificáveis. Esta proposta surge pouco depois da publicação de normas iniciais sobre sustentabilidade e divulgação de informações sobre o clima pelo Conselho Internacional de Normas de Sustentabilidade e da esperada regra de divulgação de informações sobre o clima pela Comissão de Títulos e Câmbio dos EUA.
A essência da ISSA 5000: Tom Seidenstein, presidente do IAASB, destacou a importância da ISSA 5000 como um mecanismo para fortalecer a confiança nos relatórios de sustentabilidade. A norma proposta será compatível com vários outros quadros de informação, incluindo os emitidos pela União Europeia, pelo ISSB, entre outros. Tanto os contabilistas profissionais como os profissionais de garantia de fiabilidade não contabilistas podem utilizar a norma para os trabalhos de garantia de fiabilidade da sustentabilidade.
Envolvimento das partes interessadas: Sublinhando a importância da inclusão e de pontos de vista holísticos, o IAASB iniciou um programa de sensibilização para obter informações de diversas partes interessadas. Estes conhecimentos serão cruciais para aperfeiçoar a norma final, de acordo com Josephine Jackson, vice-presidente do IAASB.
Panorama atual e desafios: Christine Tsiarta, da Kreston ITH, em Chipre, explica que, embora haja uma sensibilização crescente para os riscos relacionados com o clima, muitas empresas de auditoria não dispõem dos conhecimentos e das competências necessárias para abordar corretamente estas preocupações. medida que a regulamentação se intensifica, as sociedades de auditoria terão de reforçar as suas capacidades para reconhecer, controlar e gerir esses riscos. Laurent Le Pajolec, da Exco Poland, falou sobre os potenciais obstáculos para os auditores, incluindo a necessidade de independência, formação adequada e apoio adequado das empresas.
A necessidade de uma visão global: Christine e Laurent salientam a importância de um relatório de sustentabilidade holístico. É vital que as empresas captem o quadro completo, considerando todas as emissões, incluindo o âmbito 2 e o âmbito 3, para apresentarem uma representação exacta dos seus esforços de sustentabilidade.
O caminho a seguir: O IAASB solicitou comentários sobre a norma proposta através do seu sítio Web, com o objetivo de garantir que aborda todas as preocupações e oferece uma estrutura sólida para a garantia da sustentabilidade.
No entanto, o caminho para a elaboração de relatórios de sustentabilidade abrangentes não está isento de desafios. Christine Tsiarta, directora dos serviços de consultoria para a sustentabilidade da Kreston ITH em Chipre, esclareceu a situação atual, observando: “Até agora, não tem havido muita regulamentação que exija que as empresas de auditoria comuniquem ou ajudem os clientes a gerir os riscos relacionados com o clima. Agora estamos a assistir a uma mudança e evolução lentas. Mas, como resultado, mesmo os próprios auditores não têm conhecimentos, competências e compreensão suficientes”. Salientou ainda a evolução iminente do panorama, uma vez que os auditores reconhecem cada vez mais a relevância destes riscos.
Laurent Le Pajolec falou sobre os obstáculos que os auditores enfrentam. É difícil ser um engenheiro para identificar, por exemplo, quais são as fontes de emissão de CO2 de uma empresa”, afirmou. Le Pajolec e Tsiarta sublinharam a importância de um relatório de sustentabilidade holístico. Tsiarta afirma: “Se ignorarmos uma parte do quadro, estamos essencialmente a dar uma imagem falsa dos nossos impactos”.
À medida que o mundo se aproxima de uma abordagem centrada na sustentabilidade, normas como a ISSA 5000 proposta são indispensáveis. No entanto, para que seja eficaz, os esforços de colaboração das partes interessadas, equipadas com os conhecimentos e a abordagem correctos, são fundamentais.
Para saber mais sobre o impacto da Norma Internacional de Garantia de Sustentabilidade (ISSA) 5000 proposta na sua empresa, entre em contacto.
Carmen Cojocaru é uma profissional altamente qualificada com uma vasta experiência nos domínios da contabilidade, auditoria, fiscalidade e externalização de processos empresariais. Além disso, o envolvimento de Carmen com o comité ESG e com a Kreston Global evidencia o seu empenho em promover práticas empresariais éticas e em fomentar o crescimento sustentável no sector.
O EFRAG aprova a adoção pela Comissão Europeia das Normas Europeias de Relato de Sustentabilidade
Agosto 2, 2023
Sector:ESG
O EFRAG aprovou a adoção pela Comissão Europeia das Normas Europeias de Relato de Sustentabilidade (ESRS). A Comissão Europeia adoptou o primeiro RERS, fixado em 31 de julho de 2023. A Diretiva relativa à elaboração de relatórios de sustentabilidade das empresas (CSRD) impõe esta obrigação e abrange questões ambientais, sociais e de governação. A adoção representa um passo significativo para a elaboração de relatórios de sustentabilidade relevantes e comparáveis e para a identificação dos riscos e oportunidades financeiros relacionados com a sustentabilidade para as empresas.
A Comissão Europeia adoptou o ESRS após um processo exaustivo que teve início em setembro de 2020. O EFRAG desempenhou um papel significativo neste procedimento, incluindo a apresentação de um relatório de trabalho preparatório à Comissão Europeia em fevereiro de 2021, o lançamento de uma consulta pública sobre os projectos de exposição das ESRS em abril de 2022 e a prestação de aconselhamento técnico à Comissão Europeia sobre os projectos finais de normas entregues em novembro de 2022.
O EFRAG está a envidar esforços significativos no desenvolvimento de normas para as pequenas e médias empresas (PME). Além disso, estão a preparar ativamente orientações para incentivar a aplicação e a interoperabilidade do ESRS com as normas sobrepostas do ISSB, contribuindo para o trabalho conjunto com o ISSB e assegurando a interoperabilidade do ESRS com outras normas internacionais relevantes.
Em 23 de agosto, o EFRAG SRB terá uma sessão pública para receber uma atualização sobre o primeiro projeto do Guia de Implementação do EFRAG e das FAQ relativas à avaliação da materialidade (MAIG) e à cadeia de valor (VCIG). Os documentos relacionados com esta questão serão publicados até 16 de agosto de 2023. O EFRAG SRB e o EFRAG SR TEG analisarão igualmente as respostas à consulta da Comissão Europeia sobre o portal “Dê a sua opinião” relativamente ao projeto de ESRS, a fim de identificar áreas prioritárias para orientações adicionais. Além disso, o EFRAG criará em breve um ponto de acesso único no seu sítio Web para que as partes interessadas possam colocar questões sobre a aplicação das ESRS.
Desde a sua criação, o EFRAG tem procurado contribuir para o progresso dos relatórios de sustentabilidade a nível mundial, evitando que os preparadores e utilizadores da UE tenham de apresentar relatórios múltiplas vezes. Durante a sua sessão pública de 23 de agosto de 2023, o EFRAG SRB receberá uma atualização sobre a interoperabilidade com outras grandes iniciativas de normalização. O CUR reconhece os excelentes progressos realizados em matéria de interoperabilidade entre as ESRS adoptadas pela Comissão Europeia e as normas do ISSB publicadas em junho (IFRS S 1 e S 2). Além disso, o SRB receberá uma atualização sobre os esforços conjuntos para promover a interoperabilidade direta das normas ESRS e ISSB relacionadas com o clima. O EFRAG e o GRI aprovaram uma declaração conjunta em que reconhecem um elevado nível de semelhança e a possibilidade de as entidades que comunicam informações no âmbito do ESRS comunicarem informações relativas ao GRI, que será igualmente apresentada ao EFRAG SRB.
De acordo com o CUR, registaram-se progressos significativos no desenvolvimento de normas para as PME (tanto para as PME cotadas (LSME) como para utilização voluntária (VSME)). Os progressos em matéria de normas sectoriais estão em curso, mas a Comissão Europeia fornecerá informações actualizadas sobre o calendário no outono.
Para saber mais sobre as suas obrigações de comunicação ESG, visite as nossas páginas de Sustentabilidade.
Notícias
Laurent Le Pajolec
Membro do Conselho de Administração EXCO A2A Polska, membro do Comité ESG Global da Kreston
Diretor-geral e acionista de empresas de consultoria com formação em Marketing/Desenvolvimento de Negócios e Finanças com experiência direta em vários sectores (Imobiliário, Transportes, Fintech, Legaltech, M&A, Importação-Exportação, RH, Reestruturação). Membro do Conselho de Administração da Exco Polska.
Christina Tsiarta
Serviços de consultoria sobre sustentabilidade, ESG e alterações climáticas
Christina é uma consultora experiente, especializada em ESG, sustentabilidade e alterações climáticas. Tem mais de 13 anos de experiência e trabalhou com várias organizações, incluindo municípios locais, agências governamentais nacionais, as Direcções-Gerais da Comissão Europeia e o sector privado em diferentes indústrias. Os projectos da Christina vão desde o apoio técnico e operacional à reforma de políticas, desenvolvimento e implementação de estratégias, due diligence e conformidade, implementação de normas, envolvimento das partes interessadas, relatórios, avaliação da materialidade e muito mais.
Contabilidade do Capital Triplo (TCA) para a sustentabilidade ambiental e o desempenho das empresas
Julho 13, 2023
Sector:ESG
Os nossos especialistas e membros do Comité ESG, Laurent Le Pajolec e Christina Tsiarta, contribuíram recentemente com um artigo perspicaz na Finance Digest, que esclarece a importância da Contabilidade do Capital Triplo, também conhecida como TCA, na reformulação do desempenho das empresas, com especial incidência na sustentabilidade ambiental. Pode ler o artigo na íntegra aqui, ou ler um resumo abaixo.
A contabilidade do capital triplo é um método que visa redefinir o desempenho das empresas através da incorporação de práticas ambientalmente sustentáveis. Em resposta à necessidade urgente de enfrentar a emergência climática, a ACC vai além da contabilidade financeira tradicional, considerando três dimensões do capital: financeira, natural e social. Desafia a noção de que a rendibilidade é a única medida de sucesso e sublinha a importância do impacto de uma empresa no ambiente e na sociedade.
Activos estratégicos
As ACC introduzem elementos adicionais no balanço para refletir a depreciação do capital natural e social a par do capital financeiro. Trata as três formas de capital como activos estratégicos que não podem ser substituídos uns pelos outros. Ao valorizar e contabilizar o capital natural e social, o TCA promove a gestão responsável dos ecossistemas e dos ambientes sociais. Esta abordagem não só está em conformidade com os princípios ambientais, sociais e de governação (ESG), como também garante que as partes interessadas reconheçam e avaliem corretamente o valor destes activos.
Embora as alterações climáticas recebam uma atenção significativa, a TCA reconhece que outros factores ecológicos também devem ser considerados, como a erosão da biodiversidade, a alteração da utilização dos solos, a utilização global da água e a introdução de novas entidades na biosfera. Além disso, o TCA reconhece vários aspectos sociais, incluindo os direitos humanos, as medidas anticorrupção na cadeia de abastecimento, a saúde mental e o bem-estar no local de trabalho, bem como a diversidade e a igualdade na cultura da empresa. O TCA apela a práticas transparentes e responsáveis de responsabilidade social das empresas.
Qual é o aspeto do TCA?
Existem diferentes metodologias no âmbito da TCA, incluindo o modelo CARE (Comprehensive Accounting in Respect of Ecology) e o modelo LIFTS (Limits of Foundations Towards Sustainability). O modelo CARE sublinha a obrigação de preservar os activos de capital natural e humano a par dos activos financeiros nos balanços, nas demonstrações de resultados e noutros indicadores-chave de desempenho. Incorpora activos intangíveis, como as competências, que contribuem para o valor para os accionistas. O modelo LIFTS visa assegurar a sustentabilidade das actividades de uma empresa através da monitorização do desempenho integrado do capital social e ambiental, alinhado com os limites planetários e os fundamentos sociais.
Dado que as organizações enfrentam expectativas crescentes no sentido de incorporarem considerações ambientais e sociais no processo de tomada de decisões e na divulgação de informações financeiras, as ACC ganharam proeminência. Com o desenvolvimento de normas e quadros relacionados com a sustentabilidade, tais como as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) e a Taskforce on Nature-related Financial Disclosures (TFND), a integração da contabilidade do capital natural e social a par da contabilidade financeira está a tornar-se mais prevalecente. A transição para um sistema TCA requer uma mudança de mentalidade e de práticas operacionais, apresentando desafios mas também oportunidades para as empresas melhorarem a sua sustentabilidade, resiliência e valor da marca. A TCA não é apenas o futuro da contabilidade, mas é também crucial para o futuro do planeta.
A Kreston Global anuncia o certificado ACCA em sustentabilidade para o Programa de Bolsas de Estudo em Finanças
Julho 3, 2023
Sector:ESG
A Kreston Global anuncia hoje uma nova parceria com a Association of Chartered Certified Accountants (ACCA) para a concessão de bolsas de estudo subsidiadas a 40 empresas associadas para a obtenção do seu Certificado em Sustentabilidade para as Finanças.
O curso Certificado em Sustentabilidade para Finanças da ACCA abrange tópicos como a avaliação das cadeias de valor, modelos e práticas empresariais para a sustentabilidade; a compreensão dos riscos das alterações climáticas e das implicações financeiras; e a explicação dos ODS da ONU e do seu significado para as organizações. Avalia igualmente as questões ESG e os processos de recolha, análise e comunicação de informações, e salienta a importância da análise da sustentabilidade para as organizações.
A nova parceria de bolsas entre a Kreston Global e a ACCA é um pilar da Estratégia de Impacto da Kreston, estabelecida em 2022 para apoiar a rede a tornar-se mais sustentável e ajudar as empresas membros a criar “impacto positivo”. Esta parceria está ao lado de uma série de outras iniciativas de sustentabilidade, incluindo o lançamento do primeiro Comité Consultivo Ambiental, Social e de Governação da Kreston, que se concentra em ajudar as empresas a iniciar a sua própria jornada para a sustentabilidade e a redução de carbono, ou – quando já o fizeram – ajudá-las a acelerar as suas actividades.
Liza Robbins, Directora Executiva da Kreston Global, afirmou:
“O sector financeiro e contabilístico, tal como muitos outros sectores, está a atravessar um período de transformação empolgante no que diz respeito a ESG e sustentabilidade. Para os nossos clientes, tal como para nós próprios, a sustentabilidade não é apenas uma palavra da moda, mas sim um aspeto crítico de uma prática empresarial responsável que tem um peso regulamentar, reputacional e comercial significativo. A ACCA desenvolveu uma série de iniciativas a nível internacional nas quais participamos – esta parceria é um testemunho do valor que atribuímos ao nosso trabalho em conjunto.”
“Com as decisões de investimento, as propostas de contratos e o comportamento de compra cada vez mais filtrados através de considerações ESG, estamos agora a ver as PME a procurarem manter-se à frente da curva regulamentar, incorporando relatórios de sustentabilidade em linha com as normas exigidas às empresas de maior dimensão. Equipar as nossas empresas-membro com capacidades analíticas e de consultoria ESG através do Certificado em Sustentabilidade para as Finanças da ACCA é uma oportunidade significativa para apoiar as nossas empresas e os clientes das nossas empresas à medida que navegam para as melhores práticas sustentáveis. Garante também que nós, enquanto rede empresarial, continuamos a prosseguir o nosso objetivo de promover um impacto positivo em todo o mundo.”
Helen Brand, Directora Executiva da ACCA, afirmou:
“Na ACCA, temos trabalhado arduamente para ajudar as organizações de todo o mundo a recuperar de forma sustentável da pandemia e a enfrentar os desafios urgentes colocados pelas alterações climáticas. Os conhecimentos sobre sustentabilidade são cada vez mais cruciais para os profissionais de finanças e organizações de todos os tipos, e orgulhamo-nos de ter desenvolvido o Certificado em Sustentabilidade para Finanças para melhorar e alargar este importante conjunto de competências.
“Estamos muito satisfeitos com a parceria com a Kreston Global, que oferece bolsas de estudo subsidiadas para ajudar os profissionais do sector financeiro e outros a obter o certificado. Os profissionais de contabilidade desempenham um papel crucial na orientação das organizações para a adoção e comunicação de práticas sustentáveis, a fim de garantir o sucesso a longo prazo, gerir os riscos e contribuir para um futuro mais sustentável. A obtenção deste certificado será um passo importante no percurso de muitos.”
Notícias
Stuart Brown
Membro do Comité Global ESG da Kreston, Diretor Técnico e de Conformidade da Duncan & Toplis
Stuart é um contabilista certificado pela FCA com mais de 10 anos de experiência prática em contabilidade e auditoria.
Lidera os desenvolvimentos técnicos da Duncan & Toplis. Esta atividade abrange a auditoria, a elaboração de relatórios financeiros e a manutenção da qualidade do trabalho.
Foi recentemente nomeado para o conselho de operações da Duncan & Toplis e tornou-se membro do influente Comité Consultivo de Ética do ICAEW. Stuart também faz parte do Comité Global ESG da Kreston.
O Conselho das Normas Internacionais de Sustentabilidade emite as primeiras normas de comunicação
Junho 28, 2023
Sector:ESG
Em 26 de junho de 2023, o Conselho das Normas Internacionais de Sustentabilidade (ISSB) emitiu as suas duas primeiras normas de relato, a IFRS S1 e a IFRS S2.
A necessidade de coerência global: As primeiras normas de relato do ISSB
A emissão destas normas inaugurais significa o “início de uma nova era de divulgação de informações relacionadas com a sustentabilidade nos mercados de capitais a nível mundial”.
Um dos factores limitadores mais significativos da eficácia da divulgação de informações sobre o clima tem sido o número de diferentes bases sobre as quais as entidades divulgam informações. Há uma necessidade desesperada de coerência global. Espera-se que a publicação destas normas constitua um ponto de viragem para a divulgação dos riscos e oportunidades relacionados com o clima específicos de cada entidade.
Estas duas primeiras normas baseiam-se nos objectivos do ISSB de;
Desenvolver normas para uma base global de divulgação de informações sobre sustentabilidade que satisfaça as necessidades de informação dos investidores mundiais.
Permitir que as empresas forneçam aos mercados de capitais globais informações abrangentes e úteis para a tomada de decisões em matéria de sustentabilidade.
Criar uma linguagem comum de divulgação de informações sobre sustentabilidade, com a flexibilidade necessária para que os reguladores acrescentem “elementos de base” regionais, quando necessário, para satisfazer as necessidades de informação locais e das várias partes interessadas.
IFRS S1: Requisitos gerais para a divulgação de informação financeira relacionada com a sustentabilidade
O S1 abrange os requisitos gerais para a divulgação de informações financeiras relacionadas com a sustentabilidade.
A S1 estabelece o cenário para os requisitos específicos da S2 e para futuras normas de sustentabilidade que abranjam outros domínios para além do clima.
S1 adopta a estrutura do Grupo de Trabalho sobre Divulgações Financeiras Relacionadas com o Clima (TCFD). A S1 também se refere a outras normas e enquadramentos na ausência de uma norma específica do ISSB.
O principal objetivo da norma é “exigir que uma entidade divulgue informações sobre os seus riscos e oportunidades relacionados com a sustentabilidade que sejam úteis para os utilizadores de relatórios financeiros de uso geral na tomada de decisões relacionadas com o fornecimento de recursos à entidade”.
Existe um requisito de que uma entidade divulgue informações sobre todos os riscos e oportunidades que se possa razoavelmente esperar que afectem as perspectivas da entidade.
A S1 prescreve a forma como uma entidade prepara e relata essas divulgações, estabelecendo requisitos gerais para o conteúdo e apresentação dessas divulgações de forma a que a informação seja útil para os utilizadores dessa informação.
Em particular, a norma exige que uma entidade forneça divulgações sobre
os processos de governação, controlos e procedimentos que a entidade utiliza para monitorizar, gerir e supervisionar os riscos e oportunidades relacionados com a sustentabilidade;
a estratégia da entidade para gerir riscos e oportunidades relacionados com a sustentabilidade;
os processos que a entidade utiliza para identificar, avaliar, priorizar e monitorizar riscos e oportunidades relacionados com a sustentabilidade; e
o desempenho da entidade em relação aos riscos e oportunidades relacionados com a sustentabilidade, incluindo o progresso em direção a quaisquer objectivos que a entidade tenha estabelecido ou seja obrigada a cumprir por lei ou regulamento.
IFRS S2: Divulgação de informações relacionadas com o clima para promover a tomada de decisões sustentáveis
O S2 abrange os requisitos específicos da divulgação de informações relacionadas com o clima.
O principal objetivo da norma é “exigir que uma entidade divulgue informações sobre os seus riscos e oportunidades relacionados com o clima que sejam úteis para os utilizadores de relatórios financeiros de uso geral na tomada de decisões relacionadas com o fornecimento de recursos à entidade”.
O S2 incorpora igualmente as recomendações e orientações do TCFD e inclui um requisito de divulgação de informações específicas do sector. As métricas específicas do sector são incluídas a título de orientação ilustrativa, retiradas das normas do SASB.
O S2 aplica-se especificamente a:
riscos relacionados com o clima a que a entidade está exposta, que são
riscos físicos relacionados com o clima; e
riscos de transição relacionados com o clima; e
oportunidades relacionadas com o clima disponíveis para a entidade.
Em particular, a norma exige que uma entidade forneça divulgações sobre
os processos de governação, controlos e procedimentos que a entidade utiliza para monitorizar, gerir e supervisionar os riscos e oportunidades relacionados com o clima;
a estratégia da entidade para gerir os riscos e oportunidades relacionados com o clima;
os processos que a entidade utiliza para identificar, avaliar, priorizar e monitorizar riscos e oportunidades relacionados com o clima, incluindo se e como esses processos são integrados e informam o processo global de gestão do risco da entidade; e
o desempenho da entidade em relação aos seus riscos e oportunidades relacionados com o clima, incluindo os progressos no sentido de quaisquer objectivos relacionados com o clima que tenha estabelecido, e quaisquer objectivos que seja obrigada a cumprir por lei ou regulamento.
Data efectiva e adoção: Compreender o calendário de implementação das normas do ISSB
Ambas as normas são efectivas para períodos com início em ou após 1 de janeiro de 2024, sendo permitida a adoção antecipada desde que ambas as normas sejam aplicadas.
Adoção voluntária e potenciais requisitos de garantia para as entidades
A adoção das normas é voluntária. No entanto, as jurisdições locais podem tornar a sua adoção obrigatória para determinadas classes de entidades.
Nesta fase, não existem requisitos de garantia específicos. No entanto, a análise fornecida pela IFAC indica que, das entidades analisadas que comunicaram algumas informações ESG, mais de 50% obtiveram algum nível de garantia sobre essas informações entre 2019 e 2021.
A garantia foi obtida do auditor da entidade (que fornece a maioria) e de outros prestadores de serviços.
Embora não existam atualmente normas internacionais específicas de garantia de fiabilidade em matéria de ESG, a maioria dos trabalhos de garantia de fiabilidade foi realizada ao abrigo da norma ISAE 3000 (revista). A grande maioria das análises obteve uma garantia limitada, tendo cerca de 10 % obtido uma garantia razoável.
Planos para o futuro: Promoção global do ISSB e consulta sobre elementos adicionais de informação
O ISSB promoverá as normas a nível mundial, trabalhando com as jurisdições locais e centrando-se na ligação entre as normas e as demonstrações financeiras. Está também em curso uma consulta pública sobre quatro projectos para compreender melhor as prioridades de definição de normas que abrangem os ecossistemas, o capital humano, os direitos humanos e a integração nos relatórios. É provável que se sigam outras normas que abranjam outros elementos de ESG.
Normas Europeias de Relatórios de Sustentabilidade (ESRS) e Diretiva relativa aos Relatórios de Sustentabilidade Empresarial (CSRD): Alinhamento com os esforços do ISSB
Para além das normas do ISSB, o EFRAG tem vindo a desenvolver as Normas Europeias de Relato de Sustentabilidade (ESRS – 12).
Estas normas são de aplicação obrigatória para as entidades aplicáveis, com um período de introdução progressiva ao longo de vários anos, sendo a sua adoção antecipada incentivada.
As normas abrangem de forma exaustiva as questões ESG, não se centrando apenas no clima para começar.
As normas têm o conceito de dupla materialidade e os relatórios ESG devem ser efectuados no relatório de gestão, ao mesmo tempo que as demonstrações financeiras.
As normas têm também um elemento de garantia obrigatório, que começa por ser limitado e evolui para razoável ao longo do tempo.
O EFRAG está a trabalhar com o ISSB para promover a interoperabilidade.
As normas europeias parecem certamente ter-se baseado nas normas internacionais até à data, e são obrigatórias com um elemento de garantia obrigatório.
Conclusão
A introdução das duas normas SS constitui um momento crucial para a divulgação de informações sobre questões ESG.
Proporcionam uma base para a comparabilidade internacional e ajudam a colocar as questões ESG na linha da frente da tomada de decisões dos investidores.
Seguir-se-ão outras iniciativas, mas este é um momento vital na batalha rumo ao zero líquido. Leia mais sobre os desenvolvimentos globais de ESG no nosso centro de sustentabilidade.
Notícias
Ganesh Ramaswamy
Sócio da Kreston Rangamani and Associates LLP, Diretor Regional do Grupo Fiscal Global, Ásia-Pacífico
Ganesh tem uma vasta experiência de mais de 30 anos na prestação de serviços fiscais especializados, em especial a grandes grupos privados, com especial destaque para os sectores imobiliário, retalhista, da saúde e da hotelaria. Tem apoiado várias entidades com aconselhamento especializado sobre estruturas e reestruturações eficazes em termos fiscais, transacções transfronteiriças devido a investimentos na Índia, fusões, aquisições e alienações. Ganesh também trabalhou com as partes interessadas em todas as empresas para fornecer soluções como a devida diligência fiscal, a consolidação fiscal e a reestruturação de grandes empresas familiares no Médio Oriente, na Ásia e em Singapura.
Tarek Zouari
Presidente do EXCO África e Presidente do comité regional africano da Kreston
Fundador e sócio-gerente da Exco Tunisia, é um profissional experiente com mais de 20 anos de experiência internacional na assistência a investidores estrangeiros, na gestão de funções financeiras e de auditoria, e na prestação de aconselhamento jurídico, fiscal e social a empresas tunisinas e europeias que expandem os seus negócios em África e no Médio Oriente.
Tarek é membro da Ordem Nacional dos Técnicos Oficiais de Contas e Revisores Oficiais de Contas da Tunísia. É presidente do comité de direção da Kreston em África e é diretor-geral e presidente da rede Exco Africa.
Relatórios ESG em África
Junho 7, 2023
Sector:ESG
Os relatórios ESG estão a tornar-se cada vez mais importantes para as empresas em África, uma vez que os investidores e outras partes interessadas procuram mais informações sobre a forma como as empresas estão a gerir os seus riscos e oportunidades ambientais, sociais e de governação.
A África do Sul é um dos países líderes em África no que diz respeito à comunicação de informações ESG. A Bolsa de Valores de Joanesburgo (JSE) tem uma diretiva relativa aos relatórios de sustentabilidade que exige que todas as empresas cotadas em bolsa apresentem relatórios sobre o seu desempenho em matéria de ESG. A diretiva está alinhada com as normas da Global Reporting Initiative (GRI), que são um conjunto de normas internacionais para a elaboração de relatórios de sustentabilidade.
A Tunísia é outro país que está a fazer progressos na divulgação de informações ESG. A Autoridade Tunisina para os Mercados Financeiros (AMF) publicou um guia sobre a comunicação de informações ESG para as empresas cotadas. O guia recomenda que as empresas apresentem relatórios sobre o seu desempenho em matéria de ESG em conformidade com as normas GRI.
Moçambique está também a tomar medidas para promover a divulgação de informações ESG. A Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) lançou uma iniciativa de elaboração de relatórios de sustentabilidade para as empresas cotadas. A iniciativa visa incentivar as empresas a comunicar o seu desempenho em matéria de ESG e fornecer aos investidores mais informações sobre a forma como as empresas estão a gerir os seus riscos e oportunidades neste domínio.
O Quénia é outro país que está a assistir a um aumento dos relatórios ESG. A Bolsa de Valores de Nairobi (NSE) lançou uma iniciativa de elaboração de relatórios de sustentabilidade para as empresas cotadas. A iniciativa visa incentivar as empresas a comunicar o seu desempenho em matéria de ESG e fornecer aos investidores mais informações sobre a forma como as empresas estão a gerir os seus riscos e oportunidades neste domínio.
Desafios em África
Há uma série de desafios que as empresas enfrentam quando se trata de relatórios ESG em África. Um dos desafios é a falta de normas harmonizadas para os relatórios ESG. Existem vários quadros e normas diferentes que as empresas podem utilizar para comunicar o seu desempenho em matéria de ESG, o que pode dificultar aos investidores a comparação do desempenho de diferentes empresas.
Outro desafio é a falta de dados. Muitas empresas em África não dispõem dos recursos necessários para recolher e comunicar dados ESG. Este facto pode dificultar às empresas a avaliação do seu desempenho em matéria de ESG e a comunicação dos seus progressos às partes interessadas.
Apesar dos desafios, os relatórios ESG estão a tornar-se cada vez mais importantes para as empresas em África. Os investidores e outras partes interessadas procuram obter mais informações sobre a forma como as empresas estão a gerir os seus riscos e oportunidades em matéria de ESG. As empresas que conseguem demonstrar um bom desempenho em matéria de ESG são susceptíveis de ser mais atractivas para os investidores e outras partes interessadas.
Benefícios da comunicação de informações ESG
Seguem-se alguns dos benefícios dos relatórios ESG para as empresas:
Melhoria das relações com os investidores: A divulgação de informações ESG pode ajudar as empresas a atrair e reter investidores, fornecendo-lhes mais informações sobre o desempenho ESG da empresa.
Redução dos riscos: Os relatórios ESG podem ajudar as empresas a identificar e gerir os seus riscos ESG. Isto pode ajudar a reduzir o perfil de risco global da empresa e a proteger a sua reputação.
Melhoria da reputação da marca: A divulgação de informações ESG pode ajudar as empresas a melhorar a reputação da sua marca, demonstrando o seu empenhamento na sustentabilidade.
Aumento das vendas: A divulgação de informações ESG pode ajudar as empresas a aumentar as vendas, atraindo mais clientes interessados em apoiar empresas sustentáveis.
Redução de custos: Os relatórios ESG podem ajudar as empresas a reduzir os seus custos, identificando e eliminando ineficiências.
Melhoria da moral dos colaboradores: Os relatórios ESG podem ajudar a melhorar o moral dos empregados, demonstrando o empenhamento da empresa na sustentabilidade.
Desafios da comunicação de informações ESG
Seguem-se alguns dos desafios que os relatórios ESG representam para as empresas:
Custo: A implementação de relatórios ESG pode ser dispendiosa. As empresas precisam de investir tempo e recursos para recolher e comunicar dados ESG.
Tempo: A elaboração de relatórios ESG pode consumir muito tempo. As empresas precisam de recolher e analisar dados, elaborar relatórios e comunicar os seus resultados às partes interessadas.
Complexidade: Os relatórios ESG podem ser complexos. Há uma série de quadros e normas diferentes que as empresas podem utilizar para comunicar o seu desempenho em matéria de ESG. Esta situação pode dificultar a escolha do enquadramento correto e o cumprimento dos requisitos das diferentes partes interessadas.
Falta de dados: Muitas empresas em África não dispõem dos recursos necessários para recolher e comunicar dados ESG. Este facto pode dificultar às empresas a avaliação do seu desempenho em matéria de ESG e a comunicação dos seus progressos às partes interessadas.
Apesar dos desafios, os relatórios ESG estão a tornar-se cada vez mais importantes para as empresas em África. Os investidores e outras partes interessadas procuram obter mais informações sobre a forma como as empresas estão a gerir os seus riscos e oportunidades em matéria de ESG. As empresas que conseguem demonstrar um bom desempenho em matéria de ESG são susceptíveis de ser mais atractivas para os investidores e outras partes interessadas.
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Stuart Brown
Membro do Comité Global ESG da Kreston, Diretor Técnico e de Conformidade da Duncan & Toplis
Stuart é um contabilista certificado pela FCA com mais de dez anos de experiência prática em contabilidade e auditoria.
Lidera os desenvolvimentos técnicos da Duncan & Toplis. Esta atividade abrange a auditoria, a elaboração de relatórios financeiros e a manutenção da qualidade do trabalho.
Foi recentemente nomeado para o conselho de operações da Duncan & Toplis e tornou-se membro do influente Comité Consultivo de Ética do ICAEW. Stuart também faz parte do Comité Global ESG da Kreston.
A IA pode desempenhar um papel fundamental nas iniciativas ESG, ajudando as empresas a analisar grandes quantidades de dados, a identificar padrões e tendências e a tomar decisões mais informadas sobre a redução do seu impacto ambiental, a melhoria dos resultados sociais e o reforço da governação empresarial. Eis alguns exemplos de como a IA está a ser utilizada em iniciativas ESG:
Ambiente: A IA pode ser utilizada para analisar imagens de satélite e outras fontes de dados para acompanhar a desflorestação, identificar fontes de poluição e monitorizar o impacto das alterações climáticas nos ecossistemas. Esta informação pode ajudar as empresas a compreender melhor o seu impacto ambiental e a desenvolver estratégias para reduzir a sua pegada de carbono e outros danos ambientais. A IA pode também apoiar a recolha de dados internos de utilização de energia e de carbono para ajudar na elaboração de relatórios no âmbito de declarações financeiras e outras publicações.
Social: A IA pode analisar as redes sociais e outras fontes de dados em linha para monitorizar o sentimento do público e identificar questões sociais emergentes que possam ser relevantes para a atividade de uma empresa. Esta informação pode ajudar as empresas a serem mais pró-activas na abordagem das questões sociais e a melhorarem os seus resultados sociais. A IA também pode proporcionar eficiências no funcionamento quotidiano das empresas, libertando o tempo dos funcionários para se concentrarem noutras iniciativas.
Governação: A IA pode analisar dados financeiros e outras informações para identificar potenciais riscos e conflitos de interesses que possam afetar as práticas de governação de uma empresa. Esta informação pode ajudar as empresas a reforçar os seus controlos internos, a melhorar a transparência e a melhorar a sua estrutura global de governação.
No entanto, é importante notar que a IA não é uma panaceia para as questões ESG. Embora a IA possa fornecer informações valiosas e ajudar a automatizar tarefas específicas, não substitui o julgamento e a tomada de decisões humanas. Em vez disso, as empresas devem continuar a garantir que dispõem de estruturas de governação sólidas, incluindo políticas e procedimentos sólidos, para assegurar que as suas iniciativas ESG são eficazes e estão alinhadas com os seus objectivos empresariais globais.
Além disso, existem também preocupações éticas associadas à utilização da IA nas iniciativas ESG. Por exemplo, os algoritmos de IA podem, inadvertidamente, perpetuar preconceitos ou discriminação se não forem concebidos e aplicados de forma responsável e ética. Por conseguinte, é importante que as empresas sejam transparentes quanto à sua utilização da IA e garantam que as suas iniciativas de IA são coerentes com as suas responsabilidades éticas e sociais.
Em conclusão, a IA tem potencial para desempenhar um papel valioso nas iniciativas ESG, ajudando as empresas a compreender melhor e a enfrentar desafios ambientais, sociais e de governação complexos. No entanto, é importante que as empresas abordem a IA com cautela e garantam que a sua utilização está em conformidade com as suas responsabilidades éticas e sociais. Em última análise, o sucesso das iniciativas ESG dependerá da integração do julgamento e da tomada de decisões humanas com os conhecimentos e a eficiência que a IA pode proporcionar.
Notícias
Laurent Le Pajolec
Membro do Conselho de Administração EXCO A2A Polska, membro do Comité ESG Global da Kreston
Diretor-geral e acionista de empresas de consultoria com formação em Marketing/Desenvolvimento de Negócios e Finanças com experiência direta em vários sectores (Imobiliário, Transportes, Fintech, Legaltech, M&A, Importação-Exportação, RH, Reestruturação). Membro do Conselho de Administração da Exco Polska.
Christina Tsiarta
Serviços de consultoria sobre sustentabilidade, ESG e alterações climáticas
Christina é uma consultora experiente, especializada em ESG, sustentabilidade e alterações climáticas. Tem mais de 13 anos de experiência e trabalhou com várias organizações, incluindo municípios locais, agências governamentais nacionais, as Direcções-Gerais da Comissão Europeia e o sector privado em diferentes indústrias.
Apelo à mudança sistémica na DEI através do TCA
Maio 9, 2023
Sector:ESG
Os nossos especialistas e membros do Comité ESG, Laurent Le Pajolec e Christina Tsiarta, colaboraram recentemente num artigo em que partilharam ideias sobre as razões pelas quais uma empresa deve participar no Acordo de Cooperação Comercial (ACC) e porque é que as metodologias contabilísticas existentes já não são suficientes para as empresas modernas.
Progressos na DEI estagnam a nível mundial
Os Países Baixos ultrapassaram o Canadá e tornaram-se o país com os locais de trabalho mais diversificados, equitativos e inclusivos do mundo, de acordo com o Índice de Inclusão 2022 da Kantar. O índice mede o progresso no desenvolvimento de locais de trabalho inclusivos e diversificados a nível mundial, sendo os serviços pessoais, as organizações sem fins lucrativos e os serviços profissionais votados como os sectores mais inclusivos, enquanto o sector do entretenimento continua a ser um dos menos inclusivos. Apesar da crescente apetência por uma mudança sistémica em matéria de diversidade, equidade e inclusão, os progressos no desenvolvimento de locais de trabalho diversificados e inclusivos estagnaram a nível mundial, com países como o Canadá, os EUA e a Itália a registarem uma descida significativa das suas pontuações. O facto de não se tomarem medidas significativas tem impacto no recrutamento e na retenção, sendo provável que um em cada quatro trabalhadores abandone a sua organização devido à falta de inclusão.
Progressos em matéria de inclusão
A investigação indica que, embora a DEI se tenha tornado mais proeminente nas agendas das empresas, tem havido uma falta de progresso. A pontuação global do índice mantém-se em 55, a mesma que em 2020. Em contrapartida, oito dos doze mercados inquiridos registaram um declínio na sua pontuação do Índice de Inclusão de 2019 a 2022. No entanto, o México e a Austrália registaram avanços significativos no progresso da DEI, com aumentos de 15% e 7% nos últimos três anos.
As indústrias estão a fazer progressos variados nos seus esforços de inclusão. Os serviços pessoais (como os salões de beleza), os serviços profissionais (como os escritórios de advogados e de contabilidade) e as organizações sem fins lucrativos estão a liderar o caminho. Os serviços financeiros, no meio da lista, e as empresas de TI e de marketing, na metade inferior da lista, estão a tomar medidas para melhorar a inclusão. No entanto, sectores como a moda, a hotelaria, a segurança, o entretenimento, os meios de comunicação social, os desportos, a edição e a agricultura, classificados na parte inferior da lista, ainda têm muito trabalho a fazer para melhorar a sua inclusão.
Leia mais sobre Laurent Le Pajolec e Christina Tsiarta aqui.
Notícias
Ganesh Ramaswamy
Sócio da Kreston Rangamani and Associates LLP, Diretor Regional do Grupo Fiscal Global, Ásia-Pacífico
Ganesh tem uma vasta experiência de mais de 30 anos na prestação de serviços fiscais especializados, em especial a grandes grupos privados, com especial destaque para os sectores imobiliário, retalhista, da saúde e da hotelaria. Tem apoiado várias entidades com aconselhamento especializado sobre estruturas e reestruturações eficazes em termos fiscais, transacções transfronteiriças devido a investimentos na Índia, fusões, aquisições e alienações. Ganesh também trabalhou com as partes interessadas em todas as empresas para fornecer soluções como a devida diligência fiscal, a consolidação fiscal e a reestruturação de grandes empresas familiares no Médio Oriente, na Ásia e em Singapura.
Relatórios ESG na Ásia-Pacífico
Maio 1, 2023
Sector:ESG
Os especialistas do nosso comité ESG comentam o progresso do ESG na Ásia-Pacífico, explorando as implicações da nova legislação e a forma como esta está a mudar a atividade empresarial na região.
Hong Kong e China
O ambiente regulamentar ESG em Hong Kong e na China está a evoluir rapidamente, com a introdução de novos regulamentos a toda a hora. Esta situação deve-se a uma série de factores, incluindo a importância crescente das questões ESG para os investidores e consumidores, a pressão crescente sobre as empresas para que reduzam o seu impacto ambiental e social e o crescente consenso mundial sobre a necessidade de combater as alterações climáticas.
Em Hong Kong, a SFC(Securities and Futures Commission) é a principal entidade reguladora das questões ESG. Em 2019, a SFC emitiu uma circular sobre fundos ESG, que definiu as suas expectativas para a divulgação de informações relacionadas com ESG pelos gestores de fundos. Em 2020, a SFC lançou uma consulta sobre propostas para melhorar a divulgação de informações relacionadas com o clima por parte dos gestores de fundos licenciados pela SFC de Hong Kong. A SFC está também a trabalhar com outras entidades reguladoras, como a HKMA(Hong Kong Monetary Authority) e a HKEX (Hong Kong Exchanges and Clearing), para desenvolver um quadro regulamentar ESG mais abrangente.
Na China, a CSRC (China Securities Regulatory Commission) é a principal entidade reguladora das questões ESG. A CSRC emitiu uma série de orientações e regulamentos sobre questões ESG, incluindo o Código de Governo das Sociedades Cotadas e as normas relativas ao conteúdo e formato da divulgação de informações pelas empresas que efectuam ofertas públicas de valores mobiliários. A CSRC está também a trabalhar com outras entidades reguladoras, como o Ministério das Finanças e o Ministério da Proteção do Ambiente, para desenvolver um quadro regulamentar ESG mais abrangente.
O quadro regulamentar em matéria de ESG em Hong Kong e na China encontra-se ainda numa fase inicial de desenvolvimento. No entanto, o ritmo da mudança está a acelerar e é evidente que as questões ESG se tornarão cada vez mais importantes nos próximos anos. As empresas que forem capazes de gerir eficazmente os riscos e oportunidades ESG estarão bem posicionadas para serem bem sucedidas no futuro.
Eis alguns dos principais desafios e oportunidades para as empresas que operam no ambiente regulamentar ESG em Hong Kong e na China: Desafios: – O panorama regulamentar é complexo e está a evoluir rapidamente, o que torna difícil para as empresas acompanharem os requisitos mais recentes. – Há falta de clareza em relação a algumas questões ESG, o que pode gerar incerteza e risco de conformidade. – Existe o risco de “greenwashing”, em que as empresas fazem afirmações enganosas em matéria de ESG para melhorar a sua reputação. Oportunidades: – Há uma procura crescente de produtos e serviços ESG, o que dá às empresas a oportunidade de desenvolver novos produtos e serviços. – Existe uma sensibilização crescente para as questões ESG, o que pode ajudar as empresas a compreender melhor os seus riscos e oportunidades ESG. – As entidades reguladoras estão a dar cada vez mais atenção às questões ESG, o que pode contribuir para melhorar a qualidade dos relatórios e das divulgações neste domínio. As empresas que forem capazes de gerir eficazmente os riscos e oportunidades ESG estarão bem posicionadas para serem bem sucedidas no futuro.
Atualmente, a regulamentação clara da política ESG provém principalmente das entidades reguladoras financeiras, centrando-se na especificação obrigatória da divulgação de informações ESG das empresas e na orientação política do investimento ESG, e devido ao facto de o ESG conter E (ambiente), S (sociedade), G (governo das sociedades) em diferentes aspectos de muitas questões, os diferentes departamentos governamentais também têm uma ênfase diferente nas questões relacionadas com a sua função regulamentar.
Especificamente, para diferentes objectos, as actuais medidas regulamentares em matéria de ESG podem ser divididas, grosso modo, em duas categorias: uma é obrigatória para as empresas cotadas em bolsa ou para algumas empresas específicas e é forçada a divulgar informações ESG que cumpram as normas mínimas através de regulamentos administrativos; a outra tem requisitos de incentivo e encoraja as empresas a divulgarem informações ESG através de meios de mercado, como o investimento verde.
Enquanto autoridade reguladora da divulgação de informações das empresas cotadas, a Comissão de Regulamentação dos Valores Mobiliários da China (a seguir designada por CSRC) estuda e melhora continuamente o sistema de divulgação de informações ESG das empresas cotadas e normaliza o funcionamento das empresas cotadas de acordo com as condições nacionais da China e a fase de desenvolvimento do mercado.
Em termos de investimentos ESG, a regulamentação nacional centra-se no financiamento verde e no financiamento inclusivo. A introdução de uma série de orientações políticas promove os bancos comerciais, os fundos públicos e outras instituições financeiras a desenvolverem mais empréstimos verdes, obrigações verdes, fundos verdes, produtos financeiros de carbono e outros produtos financeiros baseados no conceito de investimento ESG, de baixo carbono e respeitadores do ambiente, “Prestar serviços financeiros adequados e eficazes a todos os estratos e grupos sociais que necessitem de serviços financeiros a custos acessíveis (Aviso do Conselho de Estado sobre a emissão e publicação do Plano de Desenvolvimento de Finanças Inclusivas (2016-2020))”, a China promoverá um desenvolvimento económico e social verde e sustentável.
Malásia
Na Malásia, o ESG também está a evoluir rapidamente, à medida que o país se esforça por se tornar uma nação mais sustentável e socialmente responsável. Nos últimos anos, tanto o governo como o sector privado têm vindo a dar uma atenção crescente às questões ESG, tendo sido introduzida uma série de novos regulamentos.
Um dos desenvolvimentos mais significativos no ambiente regulamentar ESG na Malásia foi a introdução dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os ODS são um conjunto de 17 objectivos globais que visam alcançar um futuro mais sustentável e equitativo para todos. O governo da Malásia comprometeu-se a alcançar os 17 ODS até 2030 e pôs em prática uma série de políticas e iniciativas para apoiar este objetivo.
Outro desenvolvimento significativo foi a introdução do Quadro de Relatórios ESG da Malásia. O quadro foi concebido para ajudar as empresas a divulgarem o seu desempenho em matéria de ESG e a cumprirem a regulamentação aplicável. O quadro baseia-se nas normas da Global Reporting Initiative (GRI) e abrange uma série de questões ESG, incluindo as alterações climáticas, a gestão da água e os direitos humanos.
O quadro regulamentar ESG na Malásia está ainda numa fase inicial de desenvolvimento, mas o país está a fazer progressos significativos. O governo está empenhado na sustentabilidade e na responsabilidade social, e as empresas estão a tomar cada vez mais medidas para cumprir os regulamentos ESG.
Eis alguns dos principais regulamentos ESG na Malásia: – Os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Os ODS são um conjunto de 17 objectivos globais que visam alcançar um futuro mais sustentável e equitativo para todos. O governo da Malásia comprometeu-se a alcançar os 17 ODS até 2030 e pôs em prática uma série de políticas e iniciativas para apoiar este objetivo. – O Quadro de Relatórios ESG da Malásia: O quadro foi concebido para ajudar as empresas a divulgarem o seu desempenho em matéria de ESG e a cumprirem a regulamentação relevante. O quadro baseia-se nas normas da Global Reporting Initiative (GRI) e abrange uma série de questões ESG, incluindo as alterações climáticas, a gestão da água e os direitos humanos. – Lei das Empresas de 2016: O Companies Act 2016 exige que as empresas divulguem o seu desempenho ESG nos seus relatórios anuais. A Lei das Sociedades de 2016 também exige que um diretor de uma sociedade exerça os seus poderes de boa fé, no melhor interesse da sociedade. A Bursa Malaysia exigiu que as empresas da Malásia cotadas na bolsa incluíssem relatórios de sustentabilidade nos seus relatórios anuais. Os administradores de grandes empresas cotadas em bolsa são também obrigados a aplicar as práticas de governação empresarial e de sustentabilidade previstas no Código de Governação Empresarial da Malásia. – A Lei da Qualidade Ambiental de 1974: A Lei da Qualidade Ambiental de 1974 estabelece as normas ambientais que as empresas devem cumprir. – Lei sobre Segurança e Saúde no Trabalho de 1994: A Lei sobre Segurança e Saúde no Trabalho de 1994 estabelece as normas de segurança e saúde que as empresas devem cumprir. – A Lei do Trabalho de 1955: A Lei do Trabalho de 1955 e a Lei do Emprego (Alteração) de 2022 estabelecem as normas de emprego que as empresas devem cumprir. O ambiente regulamentar ESG na Malásia está a evoluir rapidamente e as empresas precisam de se manter actualizadas com os últimos desenvolvimentos. Ao cumprirem a regulamentação ESG, as empresas podem ajudar a garantir um futuro mais sustentável e equitativo para a Malásia.
Austrália
Na Austrália, a Comissão Australiana de Valores Mobiliários e Investimentos (ASIC) tem sido uma das principais entidades reguladoras no domínio ESG. A ASIC emitiu uma série de documentos de orientação e avisos de infração sobre questões ESG, tendo também levado a cabo uma série de acções de execução. Em 2021, a ASIC aplicou uma coima de 10 milhões de dólares a um grande banco australiano por ter induzido em erro os investidores sobre as suas credenciais ESG.
Além disso, o Australian Accounting Standards Board (AASB) foi incumbido de emitir orientações sobre o tratamento contabilístico dos elementos relacionados com as questões ESG, incluindo a divulgação de informações sobre os riscos relacionados com o clima e as normas de informação sobre sustentabilidade.
A Autoridade dos Mercados Financeiros da Nova Zelândia (FMA) também adoptou uma série de medidas para promover o investimento ESG na Nova Zelândia. A FMA emitiu uma série de documentos de orientação sobre questões ESG, tendo também levado a cabo uma série de acções de execução. Em 2021, a FMA aplicou uma coima de 5 milhões de dólares a um grande banco neozelandês por ter induzido em erro os investidores sobre as suas credenciais ESG.
Tanto a ASIC como a FMA deixaram claro que tomarão medidas contra as empresas que induzam os investidores em erro sobre as suas credenciais ESG. Este facto conduziu a uma série de alterações na forma como as empresas comunicam o seu desempenho em matéria de ESG. Atualmente, é mais provável que as empresas forneçam informações pormenorizadas sobre os seus riscos e oportunidades em matéria de ESG e que se submetam a auditorias independentes neste domínio.
É provável que a crescente atenção da regulamentação às questões ESG se mantenha nos próximos anos. medida que os investimentos ESG se tornam mais comuns, é provável que as autoridades reguladoras assumam um papel mais ativo na garantia de que as empresas cumprem as suas obrigações ESG. Isto conduzirá a um mercado ESG mais transparente e responsável, que beneficiará tanto os investidores como as empresas.
Para além do ambiente regulamentar, há uma série de outros factores que estão a impulsionar o crescimento do investimento ESG na Austrália e na Nova Zelândia. Estes incluem: – A crescente sensibilização para as alterações climáticas e outras questões ambientais – A procura crescente de investimentos socialmente responsáveis – A crescente disponibilidade de dados e informações ESG – A crescente sofisticação dos produtos de investimento ESG – As provas cada vez mais numerosas que sugerem um desempenho financeiro superior das empresas que obtêm bons resultados em termos de métricas ESG – A pressão crescente para que as empresas melhorem o seu desempenho em matéria de ESG, sob pena de correrem riscos para a sua reputação e marca
É provável que o crescimento do investimento ESG na Austrália e na Nova Zelândia continue nos próximos anos. À medida que cada vez mais investidores tomam consciência da importância das questões ESG e que cada vez mais produtos de investimento ESG são disponibilizados, é provável que o investimento ESG se torne a norma.
Se tiver uma pergunta sobre ESG para um dos nossos especialistas na região Ásia-Pacífico, contacte-nos.
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Laurent Le Pajolec
Membro do Conselho de Administração EXCO A2A Polska, membro do Comité ESG Global da Kreston
Diretor-geral e acionista de empresas de consultoria com formação em Marketing/Desenvolvimento de Negócios e Finanças com experiência direta em vários sectores (Imobiliário, Transportes, Fintech, Legaltech, M&A, Importação-Exportação, RH, Reestruturação). Membro do Conselho de Administração da Exco Polska.
Christina Tsiarta
Serviços de consultoria sobre sustentabilidade, ESG e alterações climáticas
Christina é uma consultora experiente, especializada em ESG, sustentabilidade e alterações climáticas. Tem mais de 13 anos de experiência e trabalhou com várias organizações, incluindo municípios locais, agências governamentais nacionais, Direcções-Gerais da Comissão Europeia e o sector privado em diferentes indústrias. Os projectos da Christina vão desde o apoio técnico e operacional à reforma de políticas, desenvolvimento e implementação de estratégias, due diligence e conformidade, implementação de normas, envolvimento das partes interessadas, relatórios, avaliação da materialidade e muito mais. A Christina presta uma série de serviços, incluindo gestão de resíduos e energia, contabilidade, comunicação e compensação de carbono, desenvolvimento e implementação de estratégias de carbono zero e ESG, análise de lacunas e avaliação da materialidade, comunicação de acordo com várias normas, auditorias e apoio em matéria de diligência devida, governação e conformidade, implementação de várias normas, avaliações de impacto ambiental, envolvimento e comunicação com as partes interessadas, gestão e implementação de projectos, formação e acompanhamento e apoio ad hoc. É uma gestora de projectos certificada, com fortes competências técnicas e analíticas, um conhecimento profundo da sua matéria e excelentes capacidades de organização.
Contabilidade do capital triplo: Incorporação das dimensões ambiental e social nos relatórios financeiros
Abril 21, 2023
Sector:ESG
Os nossos peritos e membros do Comité ESG, Laurent Le Pajolec e Christina Tsiarta, colaboraram recentemente num artigo sobre a contabilidade do capital triplo para o International Accounting Bulletin. Os subscritores podem ler o artigo completo aqui, ou o resumo abaixo.
A importância da contabilidade do capital triplo para a sustentabilidade das empresas
A contabilidade do capital triplo (TCA) é um quadro de sustentabilidade que considera três dimensões do capital – financeiro, natural e social – ao avaliar o desempenho de uma empresa. A incorporação de dimensões ambientais e sociais no processo de tomada de decisões das empresas e na divulgação de informações financeiras está a ganhar força, com muitos quadros e normas existentes no domínio da sustentabilidade.
Evolução do conceito de contabilidade do capital triplo
As Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) estão a desenvolver duas normas de divulgação de informações financeiras relacionadas com a sustentabilidade e com o clima. Estas normas incorporarão os requisitos de divulgação baseados no sector das normas do Sustainability Accounting Standards Board (SASB) e deverão ser lançadas no início de 2023.
A recém-formada Taskforce on Nature-Related Financial Disclosures (TNFD) está também a desenvolver um quadro que permita às empresas e instituições financeiras integrar a natureza e a biodiversidade na tomada de decisões e na elaboração de relatórios. Esta iniciativa é ainda mais pertinente na sequência da adoção do Quadro Mundial para a Biodiversidade de Kumming-Montreal (GBF) em dezembro de 2022.
O TCA é uma prioridade para a União Europeia e, a nível mundial, para o Banco Mundial, que se centra na recuperação económica, ecológica e socioeconómica, pós-COVID-19, e está a pressionar para que a contabilidade do capital natural e a contabilidade do capital social se tornem a norma para a apresentação de relatórios empresariais.
Benefícios do TCA para as empresas
A passagem para a contabilidade do capital triplo exigirá uma mudança de paradigma com grandes transformações para o mundo empresarial. No entanto, também criará fortes oportunidades, incluindo o acesso a novos mercados, a gestão de riscos, o valor acrescentado da marca e da imagem das organizações, o cumprimento da legislação futura e a atração de novos clientes e talentos.
As metodologias para as ACC podem variar, mas todas têm por objetivo incorporar as dimensões ambiental e social nos relatórios financeiros. As organizações ainda têm um longo caminho a percorrer até que este tipo de contabilidade se torne corrente. No entanto, aqueles que querem sobreviver e prosperar no mundo empresarial e ser partes interessadas activas devem ir além de um enfoque apenas no capital financeiro e repensar a forma como podem contabilizar e preservar os três capitais.
Conclusão
A incorporação da contabilidade do capital triplo na tomada de decisões das empresas e na divulgação de informações financeiras é um passo crucial para alcançar a sustentabilidade. As empresas devem adotar este quadro para responder à necessidade urgente de preservar os recursos naturais, proteger a biodiversidade e melhorar os resultados sociais. Ao adotar a TCA, as organizações podem beneficiar de novas oportunidades e, ao mesmo tempo, mitigar os riscos e salvaguardar o futuro do planeta.
Se quiser falar com os nossos especialistas sobre a contabilidade do capital triplo, entre em contacto connosco.
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Dia da Terra 2023: Liza Robbins
Sector:ESG
Com a aproximação do Dia da Terra 2023, é importante reconhecer a importância da sustentabilidade no mundo empresarial. Devido às crescentes dificuldades ambientais, é crucial que as empresas integrem metodologias sustentáveis nas suas actividades. Neste artigo, Liza Robbins, Directora Executiva da Kreston Global, apresenta a sua perspetiva sobre a forma como os especialistas em fiscalidade e contabilidade podem ajudar as empresas a centrarem-se em práticas sustentáveis.
O tema do Dia da Terra 2023 é “Investir no nosso planeta“.As empresas podem lucrar significativamente com uma transição sustentável se investirem desde o início. Como é que acha que as empresas vão lucrar – ou beneficiar?
As alterações climáticas tornaram-se um tema crucial no mundo empresarial atual, com várias partes interessadas, como o pessoal, os clientes, os fornecedores e os investidores, a manifestarem as suas preocupações quanto ao impacto das empresas no ambiente. Consequentemente, têm grandes expectativas de que as empresas adoptem práticas sustentáveis. Ignorar estas questões terá consequências negativas para a reputação e a rentabilidade da empresa, uma vez que as empresas sustentáveis são mais atractivas para as partes interessadas.
O recrutamento e a retenção de talentos de topo tornaram-se desafios significativos para as empresas a nível mundial. As pessoas procuram cada vez mais trabalhar para empresas que tenham um impacto positivo no planeta, e o enfoque na sustentabilidade pode ser um fator chave para atrair e reter colaboradores. Por conseguinte, as organizações que integram práticas sustentáveis nas suas actividades beneficiarão em termos de atração e retenção de talentos.
Os governos e as entidades reguladoras de todo o mundo estão também a introduzir novas políticas e leis para combater as alterações climáticas, e as organizações que adoptarem estratégias de redução de carbono agora estarão mais bem equipadas para navegar nestes novos requisitos. A adoção de práticas sustentáveis não só assegura a conformidade regulamentar, como também melhora a reputação e o valor da marca da organização, posicionando-a como pioneira na sustentabilidade, o que é muito atrativo para as partes interessadas. Em suma, as empresas devem reconhecer que a sustentabilidade não é uma questão periférica, mas sim uma preocupação central que pode conduzir ao sucesso a longo prazo e à satisfação das partes interessadas.
Qual é o papel das redes de contabilidade, como a Kreston Global, na educação e na mudança de comportamento de que as empresas e os seus clientes necessitam para chegarmos ao zero líquido até 2050?
Na Kreston Global, reconhecemos o papel significativo que desempenhamos na condução de mudanças positivas no mundo. Enquanto representantes da profissão de contabilista, orgulhamo-nos da capacidade da nossa rede para criar um impacto positivo duradouro. Com mais de 25.000 pessoas em mais de 115 países, temos o alcance e a influência para moldar o panorama empresarial global.
A nossa conetividade permite-nos tirar partido da nossa posição para educar e consultar sobre práticas empresariais sustentáveis, apresentando boas práticas que influenciam positivamente as empresas e os seus clientes. Na Kreston Global, acreditamos firmemente que a sustentabilidade é um aspeto crítico dos negócios modernos, e promovemos ativamente esta mentalidade na nossa rede e para além dela.
A Kreston Global estabeleceu recentemente uma parceria com a Treedom Agroforestry para mitigar as emissões geradas ao permitir que os nossos membros se conectem cara a cara. Que medidas tomou nas suas empresas ou na sua vida pessoal que possa partilhar para ajudar a mitigar ou reduzir as emissões?
Na nossa organização, a sustentabilidade é uma prioridade máxima e tomámos medidas significativas para a integrar nas nossas operações. Como parte do nosso Plano Estratégico, comprometemo-nos com o ESG e o impacto positivo e pedimos a ajuda dos especialistas da nossa rede nesta área, criando um Comité ESG para identificar as melhores práticas que podem ser partilhadas por toda a organização. Acreditamos firmemente que a sustentabilidade não é apenas uma palavra de ordem, mas um aspeto fundamental das práticas empresariais responsáveis.
A nível pessoal, estou profundamente empenhada no mantra “Reduzir, Reutilizar, Reciclar”. Penso que todos devemos estar atentos aos nossos padrões de consumo e esforçarmo-nos por reutilizar artigos sempre que possível. Por exemplo, reduzi significativamente a utilização do meu automóvel e prefiro andar a pé ou de bicicleta nas deslocações mais curtas. Congratulo-me com o facto de o bom tempo ter tornado isto mais viável ultimamente.
Na Kreston Global, também estamos empenhados em reduzir a nossa pegada de carbono. Consideramos cuidadosamente os nossos planos de viagem e procuramos combinar várias utilizações para um único voo sempre que possível, como a participação em reuniões ou conferências. Estamos empenhados em fazer a nossa parte para criar um futuro mais sustentável, tanto no trabalho como na nossa vida pessoal.
Para ler mais sobre os relatórios de sustentabilidade e ESG na Kreston Global, clique aqui.
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Dia da Terra 2023: Mahendra Rustagi
Sector:ESG
À medida que nos aproximamos do Dia da Terra 2023, é essencial reconhecer a importância da sustentabilidade no mundo dos negócios. Com os crescentes desafios ambientais que enfrentamos, é crucial que as empresas incorporem práticas sustentáveis nas suas operações. Neste artigo, Mahendra Rustagi, CEO da Kreston SNR, partilha as suas ideias sobre a forma como as empresas podem incorporar a sustentabilidade nos seus relatórios financeiros e na conformidade fiscal, os benefícios de investir em iniciativas sustentáveis, os incentivos fiscais disponíveis e a forma como os profissionais da área fiscal e contabilística podem ajudar as empresas a quantificar os benefícios das práticas sustentáveis.
Mahendra salientou que os indianos têm um profundo respeito e compromisso para com a Terra, evidente na sua tradição de a venerar como Mãe e de pedir perdão antes de qualquer trabalho de construção. Este respeito pelo ambiente é algo com que as empresas podem aprender e aplicar nas suas actividades.
O mundo empresarial é um dos maiores emissores de gases com efeito de estufa e de outros poluentes. Como é que as empresas podem integrar a sustentabilidade nos seus relatórios financeiros e na sua conformidade fiscal?
O sector empresarial/industrial é responsável por cerca de 30% do total de gases com efeito de estufa (GEE). Por isso, têm a enorme responsabilidade de cuidar do seu ambiente e da sociedade de uma forma responsável.
Os esforços das empresas nesta direção da sustentabilidade devem ser incorporados através de um relatório que deve fazer parte integrante do relatório. Tal como na Índia, as 1000 maiores empresas cotadas em bolsa foram obrigadas a divulgar os seus dados relativos aos esforços de sustentabilidade através de um relatório denominado BRSR (Business Responsibility and Sustainability Report), que é anexado ao relatório financeiro e faz parte dele. Isto pode ajudar a criar confiança junto das partes interessadas e demonstrar um compromisso com a sustentabilidade.
O tema do Dia da Terra 2023 é “Investir no nosso planeta”. As empresas podem lucrar significativamente com uma transição sustentável se investirem desde o início. Como é que acha que as empresas vão lucrar – ou beneficiar?
Um investimento precoce na sustentabilidade significaria uma maior eficiência energética, um menor consumo de água e uma menor redução de resíduos, o que resultaria em operações eficientes e custos de exploração reduzidos. Tudo isto significa maior rentabilidade. Além disso, a melhoria da reputação e da imagem de marca e as avaliações mais elevadas, a motivação da equipa de trabalhadores, a fidelidade dos clientes, etc., permitem dizer que a empresa beneficiará enormemente a longo prazo.
As empresas que melhorarem a sua atuação em matéria de ESG podem antecipar-se a potenciais regulamentações futuras, evitar os riscos financeiros e de reputação associados ao incumprimento e obter benefícios económicos a longo prazo. Em geral, o investimento precoce na sustentabilidade não só beneficia o ambiente, como também pode trazer benefícios económicos a longo prazo para as empresas.
Quais são alguns dos incentivos fiscais disponíveis para as empresas que implementam iniciativas sustentáveis e como é que as empresas podem tirar partido deles?
Na Índia, o governo ainda não deu início a quaisquer incentivos fiscais para iniciativas sustentáveis, no entanto, está a considerar seriamente a possibilidade de conceder alguns incentivos fiscais para a utilização de energias renováveis e orientações mais elevadas para algumas despesas sociais. O Governo da Índia introduziu um regime denominado “Incentivos ligados à produção” (PLI), no âmbito do qual são concedidos grandes incentivos a uma determinada categoria de produtos ecológicos ligados à produção. Por exemplo, os produtores de electrolisadores estão a receber grandes incentivos para fabricar electrolisadores para a produção de hidrogénio verde. Além disso, existem incentivos para edifícios verdes sustentáveis e eficiência energética através do Gabinete de Eficiência Energética (BEE).
A nível mundial, existem vários incentivos fiscais disponíveis para as empresas que implementam iniciativas sustentáveis. Estas incluem créditos fiscais para investimentos em energias renováveis, deduções fiscais para despesas relacionadas com a proteção do ambiente e amortização acelerada de certos activos amigos do ambiente. Alguns países também oferecem incentivos fiscais para edifícios ecológicos ou para empresas que reduzam as suas emissões de carbono. Para tirar partido destes incentivos, as empresas podem consultar peritos fiscais para identificar os incentivos específicos que se aplicam às suas iniciativas sustentáveis e garantir que cumprem os regulamentos aplicáveis. Podem também garantir que os seus relatórios financeiros reflectem corretamente o impacto das suas iniciativas sustentáveis, o que pode demonstrar ainda mais o seu empenho na sustentabilidade e atrair potencialmente investidores socialmente responsáveis.
Como é que as práticas sustentáveis podem ter um impacto positivo nos resultados de uma empresa e como é que os profissionais da área fiscal e contabilística podem ajudar as empresas a quantificar estes benefícios nas suas demonstrações financeiras?
A implementação de práticas sustentáveis pode ter um impacto positivo nos resultados de uma empresa de várias formas. Por exemplo, pode ajudar a reduzir os custos operacionais, melhorando a eficiência energética e dos recursos, optimizando as cadeias de abastecimento e reduzindo os resíduos. As práticas sustentáveis podem também aumentar as receitas, melhorando a fidelidade dos clientes, atraindo investidores socialmente responsáveis e acedendo a novos mercados. As práticas empresariais sustentáveis conduzem a uma reputação melhorada, sendo mais atractivas para o pessoal e para os parceiros comerciais que valorizam as práticas sustentáveis do ponto de vista ambiental e atraindo novos clientes que procuram produtos e serviços amigos do ambiente. A relação entre as práticas de gestão da sustentabilidade e as medidas financeiras da empresa, como um maior retorno do investimento (ROI) e o crescimento das vendas, já foi comprovada.
Os profissionais da área fiscal e contabilística podem ajudar as empresas a quantificar estes benefícios nas suas demonstrações financeiras, identificando os incentivos e créditos fiscais relevantes disponíveis para iniciativas sustentáveis, reflectindo com precisão o impacto das práticas sustentáveis no desempenho financeiro da empresa e orientando o cumprimento da regulamentação aplicável.
Os profissionais das áreas fiscal e contabilística podem também fazer com que as empresas compreendam o retorno do investimento (ROI) dos seus investimentos sustentáveis, quantificando os benefícios através da categorização e de um modelo de pontuação para cada componente dos ODS, o que as ajudaria a tomar decisões informadas sobre futuros investimentos em sustentabilidade.
Em conclusão, os conhecimentos de Mahendra informam-nos de que as empresas têm um papel significativo a desempenhar na resolução dos desafios ambientais, e podem fazê-lo incorporando a sustentabilidade nos seus relatórios financeiros e na conformidade fiscal. Ao investir em iniciativas sustentáveis numa fase inicial, as empresas podem não só beneficiar financeiramente, mas também melhorar a sua reputação e atrair investidores socialmente responsáveis. Os profissionais da área fiscal e contabilística podem ajudar as empresas a identificar incentivos fiscais, a refletir com precisão o impacto das práticas sustentáveis no desempenho financeiro e a orientar o cumprimento da regulamentação. Ao celebrarmos o Dia da Terra de 2023, paremos um momento para refletir sobre o impacto das nossas acções no planeta e trabalhemos para um futuro sustentável.
Notícias
Dia da Terra 2023: Ganesh Ramaswamy
Sector:ESG
Com a aproximação do Dia da Terra 2023, é importante considerar o papel que as empresas podem desempenhar na promoção da sustentabilidade e no combate às alterações climáticas. Ganesh Ramaswamy, sócio da Kreston Rangamani and Associates LLP, fornece informações valiosas sobre como as empresas podem incorporar a sustentabilidade nos seus relatórios financeiros e na conformidade fiscal.
Para atingir os objectivos climáticos de Paris, as empresas necessitam de normas de comunicação de informações sobre sustentabilidade para medir mais eficazmente o seu impacto social e ambiental. O mundo empresarial espera que as inovações mais significativas ocorram em breve nas normas de relato contabilístico e fiscal das empresas, devido à inclusão dos relatórios ESG e de sustentabilidade no relato das demonstrações financeiras. Muitas empresas estão a adotar objectivos de sustentabilidade e a tentar reduzir a sua pegada de carbono. A maioria das empresas começou a apresentar relatórios de sustentabilidade nas suas demonstrações financeiras, numa base voluntária. Os relatórios ESG e de sustentabilidade fazem parte da agenda da direção de muitas empresas. Para avançar, a função de elaboração de relatórios financeiros nas empresas deve ser integrada nos relatórios ESG e de sustentabilidade. Além disso, as equipas financeiras das empresas de todo o mundo devem contribuir para o processo de definição de normas em matéria de relatórios de sustentabilidade.
O tema do Dia da Terra 2023 é “Investir no nosso planeta“.As empresas podem lucrar significativamente com uma transição sustentável se investirem desde o início. Como é que acha que as empresas vão lucrar – ou beneficiar?
Ao investir em práticas sustentáveis, as empresas poderão certamente melhorar o seu ROI na próxima década. Construir e fazer crescer uma empresa sustentável tem muitas vantagens, como atrair um grande conjunto de capitais, construir uma marca empresarial mais forte e promover o crescimento a longo prazo, o que ajudará definitivamente a empresa e os investidores a beneficiarem muito. Os investidores individuais e institucionais estão a investir fortemente em empresas que adoptam proactivamente práticas ESG e as integram na estratégia empresarial. A adoção de energias renováveis, como a energia solar, a energia eólica e a bioenergia, reduz automaticamente os custos.
As empresas que compreendem a importância de se adaptarem à evolução das condições socioeconómicas e ambientais estão mais bem posicionadas para identificar oportunidades estratégicas e ultrapassar desafios competitivos. Políticas ESG proactivas e integradas podem ajudar as empresas a obter uma vantagem competitiva em relação a outros intervenientes do sector. De um modo geral, os trabalhadores preocupam-se profundamente com as empresas para as quais trabalham e com os negócios que apoiam, pelo que adoptam valores que estão alinhados com o bem social e a responsabilidade ambiental e social.
Quais são alguns dos incentivos fiscais disponíveis para as empresas que implementam iniciativas sustentáveis e como é que as empresas podem tirar partido deles?
Os incentivos fiscais para as empresas que implementam iniciativas sustentáveis são designados por “incentivos verdes” e incluem, entre outros, os seguintes
Amortização acelerada dos investimentos no sector da energia sustentável.
Crédito fiscal para veículos eléctricos
Subsídios para pequenas empresas que adoptem iniciativas sustentáveis
Créditos de redução de emissões que podem ser transferidos
Subsídios ao pagamento de salários aos trabalhadores no âmbito de uma iniciativa ecológica.
Este tipo de incentivos pode levar muitas empresas a seguir uma direção mais sustentável, ou a dar um impulso que lhes permita fazer o investimento inicial em opções de energia verde ou criar um novo empreendimento amigo do ambiente.
O relatório de sustentabilidade é uma forma de relatório não financeiro que permite às empresas transmitir os seus progressos em relação aos objectivos de vários parâmetros de sustentabilidade, incluindo indicadores ambientais, sociais e de governação, bem como os riscos e impactos que possam enfrentar. Ao divulgarem o relatório de sustentabilidade, as empresas podem comunicar de forma mais transparente com o público sobre as suas actividades empresariais relacionadas com aspectos não financeiros da gestão e do desempenho. Embora existam vários métodos de medição e avaliação, a maioria deles centra-se exclusivamente nos aspectos ecológicos, ou seja, no impacto no clima, no declínio das florestas ou na água. Os profissionais da área fiscal e contabilística podem ajudar as empresas a quantificar estes benefícios, avaliando as seguintes dimensões-chave do desenvolvimento sustentável:
Efeitos da atividade económica no ambiente, por exemplo, utilização de recursos, descargas de poluentes, resíduos.
Serviços ambientais à economia, por exemplo, recursos naturais, funções de sumidouro, contribuições para a eficiência económica e o emprego.
Serviços ambientais prestados à sociedade, por exemplo, acesso a recursos e comodidades, contribuições para a saúde, condições de vida e de trabalho
Efeitos das variáveis sociais no ambiente, por exemplo, alterações demográficas, padrões de consumo, educação e informação ambiental, quadros institucionais e jurídicos.
Efeitos das variáveis sociais na economia, por exemplo, força de trabalho, estrutura da população e dos agregados familiares, educação e formação, níveis de consumo, quadros institucionais e jurídicos.
Efeitos da atividade económica na sociedade, por exemplo, níveis de rendimento, equidade, emprego.
Qual é o papel das redes de contabilidade, como a Kreston Global, na educação e na mudança de comportamento de que as empresas e os seus clientes necessitam para chegarmos ao zero líquido até 2050?
Redes como a Kreston Global devem atuar como visionários estratégicos que compreendem e orientam as empresas membros sobre os compromissos entre as pessoas, o planeta e os lucros. As redes podem também funcionar como um catalisador capaz de alinhar a estratégia e a cultura das empresas associadas, de modo a desenvolver uma agenda de sustentabilidade para as empresas associadas. É também muito fácil para as redes desempenharem um papel de integrador entre as empresas associadas espalhadas por várias regiões, de modo a manterem um compromisso global com a sustentabilidade da rede.
A Kreston Global estabeleceu recentemente uma parceria com a Treedom Agroforestry para mitigar as emissões geradas ao permitir que os nossos membros se conectem cara a cara. Que medidas tomou nas suas empresas ou na sua vida pessoal que possa partilhar para ajudar a mitigar ou reduzir as emissões?
As iniciativas adoptadas pela nossa empresa são as seguintes:
Utilização conjunta de automóveis pelo pessoal nas deslocações para o escritório
A comida vegan substitui o peixe e a carne ao almoço.
A água em garrafas de vidro substitui as garrafas PET.
Utilização da luz natural durante o dia.
Concentrar-se nas instalações recreativas do pessoal.
Aumento das ajudas de custo para que os funcionários possam viajar de comboio em vez de avião.
Os tapetes de chão são feitos de fibras naturais e não de fibras artificiais.
Os trabalhadores são encorajados a utilizar vestuário de algodão em vez de vestuário sintético.
Os sacos de juta natural substituem os recipientes de plástico.
Para concluir, Ganesh salienta a importância de incorporar a sustentabilidade nos relatórios financeiros e a conformidade fiscal é um passo vital para as empresas reduzirem a sua pegada de carbono e atingirem os objectivos de sustentabilidade. Investir em práticas sustentáveis beneficia as empresas a longo prazo, uma vez que melhora o ROI, atrai capital e reforça a marca da empresa. Os incentivos fiscais para a implementação de iniciativas sustentáveis podem ajudar as empresas a fazer o investimento inicial em opções de energia verde ou a criar novas empresas ecológicas. Neste Dia da Terra de 2023, façamos uma pausa e pensemos na forma como as nossas acções afectam o planeta e lutemos por um futuro que dê prioridade à sustentabilidade.
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